domingo, 30 de julho de 2017

CAPA PRINCIPAL


Editorial






O milagre de São Tiago

Foi como revolver o subsolo da história: 240 anos de tradição, de uma fervorosa fé, que ressuscitou a batalha entre mouros e cristãos, ocorrida na Mauritânia, no litoral norte-africano, no século XVIII. Este ano a Festa de São Tiago, teatro vivo a céu aberto, levou 50 ml pessoas à histórica Mazagão Velho, fundada em 1770.
O espetáculo encenado por cavaleiros sobre as ruas de paralelepípedos, pode ser considerada um verdadeiro milagre sob vários aspectos. Primeiro foi a Ponte da Integração, verdadeiro cartão postal, inaugurada em 2016; na sequência os 27 quilômetros de asfalto da AP-010, facilitando o acesso à sede do município de Mazagão e ao sítio histórico de Mazagão Velho. Investimento de R$ 50,7 milhões; e, finalmente, as obras de mobilidade urbana, que consumiram R$ 17 milhões para dotar a antiga vila de 14 quilômetros de asfalto e 11 quilômetros de ruas de bloquetes.
Com essa logística foram 13 dias de um roteiro cultural e religioso, cujo apogeu foi assistido por 50 mil pessoas. Os visitantes viveram instantes de pura magia durante a encenação da batalha entre mouros e cristãos.
Em poucas palavras o épico inicia com o episódio do Velho Bobo, personificado por um espião mouro que infiltra-se no acampamento cristão. Descoberto, o Velho Bobo é expulso a pedradas. Na encenação as pedras são substituídas por bagaços de laranja.
Na sequência entra em cena o Atalaia, agente secreto do exército cristão, mais azarento que o Velho Bobo. Com a missão de roubar a bandeira inimiga, o Atalaia é preso e decapitado. Mas, antes do último suspiro, ele consegue arremessar o estandarte muçulmano para o acampamento cristão.
O ápice da batalha ocorre quando São Tiago e São Jorge cruzam suas espadas e pedem a Deus a força necessária para derrotar seus inimigos. Os dois santos repetem o gesto ao final da batalha, em sinal de vitória.
E vitórias foram contabilizadas na edição de quase um quarto de século da Festa de São Tiago. Foi uma farra, por assim dizer, com a explosão da venda de alimentos, bebidas, roupas, artesanato, bijuterias e acessórios.

Para um evento de tal magnitude o verdadeiro milagre pode ser resumido no seguinte: os órgãos de segurança, que trabalharam durante os 13 dias, não registraram nenhuma ocorrência de violência. Enfim, milagre de São Tiago.

Artigo do Velleda Coluna CISMANDO






Conduta difícil...

Em minhas reflexões diárias parei para analisar a minha conduta como homem de bem. Inspirar no Espírito de Verdade reproduzo aqui o que diz ‘Kardec’ com relação a cumprir a lei de justiça, amor e caridade.
“Se o homem de bem interroga sua consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei (de justiça, amor e caridade), se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.
O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à ideia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência de Deus. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: (Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado).
Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.
Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus”.
Não custa, em meio a tantas injustiças, desmazelos e hipocrisia, se esforçar por tentar corrigir, no nosso caráter, pelo menos dez por cento do que acabamos de mencionar.

Oxalá que os pretensos candidatos, do pleito do ano que vem, nesta judiada Macapá, leiam este artigo e saiam dessa amiotrofia política que se instalou na capital.

Artigo do Gato



Política, agente transformador da realidade.

O sucesso da Festividade de São Tiago, realizada no distrito de Mazagão Velho, é a prova inconteste de que a gestão pública, utilizada de forma correta, muda à realidade de uma sociedade.
No dia 25 de julho, dia de São Tiago, 50 mil pessoas foram para Mazagão prestigiar o evento tradicional dos amapaenses. Esse festejo é realizado há 240 anos. Mas nunca havia recebido um público tão grande para assistir esse espetáculo singular da cultura brasileira. E o que permitiu essa revolução foi o compromisso público da gestão de Waldez Góes.
Fica mais uma vez denotada a importância da política de Estado e não de governo na gestão pública. Waldez, nos dois primeiros mandatos, pensou obras estruturantes que permitissem fazer um corredor que interligasse o Amapá de Norte a Sul e Sudoeste e com isso facilitasse o incremento do setor produtivo. As pontes sobre os rios Vila Nova, Matapi e o asfaltamento da estrada que liga o Mazagão Novo ao Velho fazem parte desses arranjos e foram o elemento que permitiu esse “boom” da festa de São Tiago.
Waldez Góes fez a Ponte do Vila Nova, Pedro Paulo concluiu, aprovou o projeto na segunda ponte, licitou e deixou o dinheiro em conta e a ordem de serviço expedida. Camilo Capiberibe executou parte da obra, com um bruta erro de engenharia na cabeça da ponte, permitindo que Waldez Góes viesse a concluir os serviços e o fez com recursos próprios, R$ 18 milhões pra ser exato.
Simplesmente essas ações aliadas às obras realizadas entre o governo do Estado e a gestão do ex-prefeito Dilson Borges no Mazagão mudaram a cara do município. Aí a política boa faz com a qualidade de vida de uma comunidade comece a vislumbrar um horizonte mais alentador.
Tenho certeza de que a festividade de São Tiago nunca mais será a mesma, desde 2017. O Estado agora precisa intervir junto à comunidade. Primeiro para manter a originalidade do evento e segundo para estruturar mais e melhor Mazagão Velho para essa Festividade que é o mais importante evento religioso e cultural do Amapá. Primeiro por simbolizar nossa gênese, nossa origem e segundo registrar de forma concreta a militarização portuguesa na Amazônia. Com uma estrutura ampliada os mazaganenses precisam perceber que é hora de tirar dividendos financeiros da festa. Tenho certeza que o crescimento do evento será internacional. Lógico, é necessário que muitas ações sejam feitas para que isso venha ocorrer, mas já na festa desse ano só não ganhou dinheiro quem não trabalhou.
Mazagão, ou melhor, a Festa de São Tiago é o exemplo de que a política pública direcionada de forma correta modifica a vida das pessoas. Daí a importância de continuarmos a fazer a separação do “joio e do trigo”. E não deixar que nos contaminem com os conceitos distorcidos de política. Como se política e político fosse algo e alguém danosos para a sociedade. Política é a ciência da boa governança de um Estado ou Nação. A política correta deve levar os governantes a desenvolverem ações que promovam o bem comum. Aquilo que um governante promove que beneficia apenas um grupelho, não deve ser considerada como política e sim como uma manobra escusa para tirar proveito próprio.

Temos o exemplo do Mazagão. Interligado em função de obras estruturantes esse município forte e pujante dará um salto diante dos demais municípios do Estado. De parabéns o governador Waldez Góes pela demonstração de maturidade como governante. Um verdadeiro Estadista.

Nas garras do felino




Impopular
Nem o lançamento das obras de viação feita em Santana e a inauguração do Centro de Nefrologia, mudaram o quadro de impopularidade do prefeito Ofirney Sadala. Ele está tão impopular quanto Temer. Noooosssssa. Não decola.

Samba do “Crioulo Doido”
A PMM do REDE está um verdadeiro “Samba do Crioulo Doido”. O prefeito Clécio se omitiu no caso do reajuste da tarifa de ônibus. Já a vice, Telma Nery foi pra Rede Social e declarou que ela não iria ficar de costas para a população e não concordava com o reajuste. O vereador Rinaldo do Psol entrou com ação na justiça para reaver o reajuste. Ele é da base do prefeito. Será que a salada municipal está azedando?

Inverso da história bíblica
Na história cristã Davi matou Golias. Por aqui ao que parece Davi está sendo “morto” politicamente pelos aliados que assistem a agonia do homem se embalando na REDE.

?
Uma enorme interrogação paira sobre a cabeça dos Alcolumbre com relação à candidatura do Senador Davi. Motivo: O alto índice de impopularidade se afere rua a fora e adentro.

Sacrifício
O réu Camilo Capiberibe parece que será o animal a ser sacrificado pelo PSB na próxima eleição. Impopular e com a pecha de que fez uma gestão desastrosa a frente do Estado, ele será o boi de piranha nessa eleição estadual. Isso para que o Capi passe lampeiro e pimpão para o Senado.

Bundada
O Senador Davi Alcolumbre deu uma “bundada” no governador Waldez Góes na procissão de São Tiago. Isso tudo pra pegar a imagem do Santo. Mas esse cara não é Judeu? Foi no mínimo deselegante.

E daí
A Guarita do Mônaco foi adiante e concluída. Agora os moradores da Bacia das Pedrinhas se quiserem ir para suas casas que deem a volta. E a servidão da via pública? E o interesse da maioria? E o Código de postura? Que se lasque. O Clécio governa pro andar de cima. O povaréu que vote no REDE de novo.

Descaso
Pode gritar, pode me prender que eu não mudo de opinião. A gestão do Clécio é de uma irresponsabilidade absurda. Os oito ônibus cedidos a PMM pelo governo federal continuam se deteriorando na área externa da Escola Araci Nascimento, na Marcelo Cândia, e

Meio Ambiente

Meio Ambiente
Quatro municípios do AP devem criar consórcio para destinação de resíduos sólidos

 

 Lixo acumulado das quatro cidades será encaminhado para aterro controlado em Tartarugalzinho. Falta de recursos é entrave para criação de aterros nos municípios, dizem gestores.



Da Redação

Os municípios de Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Pracuúba e Amapá estão se organizando para criar um consórcio e solucionar problemas de destinação de resíduos sólidos nas cidades. A previsão é que o aterro sanitário de Tartarugalzinho atenda as demandas das quatro regiões.

prefeito de Tartarugalzinho, Rildo Oliveira,
De acordo com a prefeitura, essa seria uma solução para o problema das cidades que têm lixões a céu aberto. A falta de recursos para construir um aterro sanitário dentro das normas ambientais e sanitárias é o principal obstáculo, informou o prefeito de Tartarugalzinho, Rildo Oliveira, que buscou auxílio financeiro na Fundação Nacional de Saúde (Funasa) no Amapá, para a construção do aterro controlado no município.

“Esta é uma maneira de facilitar a destinação correta dos resíduos sólidos, e unir forças com municípios próximos que não tem um aterro para destinar o lixo domiciliar, comercial e hospitalar. A previsão é que até o ano que vem isso seja concluído”, destacou o prefeito.
Neste processo de implantação do consórcio do aterro que irá atender as cidades, cada município vai separar o material sólido que vai parar na reciclagem. Só a parte orgânica vai para o aterro sanitário e passará por tratamento, enfatizou o prefeito.
Segundo a Funasa, o projeto deve ser baseado na Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem, a reutilização dos resíduos e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos.

Aterros sanitários
Aterro sanitário é uma espécie de depósito onde são descartados resíduos sólidos (lixo) provenientes de residências, indústrias, hospitais e construções.

Grande parte deste lixo é formada por não recicláveis. Porém, como a coleta seletiva ainda não ocorre plenamente, é comum encontrarmos nos aterros sanitários plásticos, vidros, metais e papéis.

Os aterros sanitários são construídos, na maioria das vezes, em locais distantes das cidades. Isto ocorre em função do mau cheiro e da possibilidade de contaminação do solo e de águas subterrâneas. Porém, existem, atualmente, normas rígidas que regulam a implantação de aterros sanitários. Estes devem possuir um controle da quantidade e tipo de lixo, sistemas de proteção ao meio ambiente e monitoramento ambiental.

Importância

Os aterros sanitários são importantes, pois solucionam parte dos problemas causados pelo excesso de lixo gerado nas grandes cidades.

Lixo transformado em energia.

- Nos aterros sanitários podem ser criadas usinas de biogás. Desta forma, pode-se gerar energia, através do processo de decomposição do lixo orgânico.



ESPECIAL

Festa de São Tiago: a tradição secular que gerou desenvolvimento municipal



Como uma festividade religiosa incrementou o crescimento de uma das primeiras cidades criadas no Estado do Amapá




Janderson Cantanhedo


Nem bem o sol raiou, o arauto já percorria as ruas de bloquete da bucólica cidade de Mazagão Velho (distante 63 quilômetros de Macapá) convidando a população para o círio que logo mais iria percorrer as principais ruas do município, como parte da rica programação religiosa e cultural da Festa de São Tiago.
As cinquenta mil pessoas que compareceram à histórica cidade puderam ver de perto um dos mais ricos teatros encenados a céu aberto do país. Toda essa tradição, que completou 240 anos, remonta ao século 18, explicando a expansão portuguesa no “novo continente” e o surgimento de um dos primeiros municípios do Amapá.

A valorização da população e da Vila de Mazagão Velho vem de longa data. Pensando em resgatar as origens do povo amapaense e fazer da vila rota de turismo, o governador Waldez Góes investiu em pesquisas arqueológicas, recuperação da cidade e infraestrutura, com pavimentação com bloquetes, para deixar o local ainda mais agradável. E tudo isso hoje é uma realidade.
O trecho de 27 quilômetros da Rodovia AP-010, que liga o município de Mazagão à Vila de Mazagão Velho está totalmente pavimentado e sinalizado. O serviço faz parte do Plano Rodoviário Estadual, e custou mais de R$ 50,7 milhões. A empresa CR Almeida, responsável pela obra, levou pouco mais de um ano para concluir as etapas de drenagem, terraplanagem, asfalto e sinalização.
A obra foi pensada de forma estratégica para o desenvolvimento econômico, social e turístico da região com a festividade de São Tiago. "A pavimentação também valoriza a cultura em Mazagão. Ela foi planejada há dez anos pelo nosso governo, mas não foi dado o prosseguimento aos trabalhos na gestão passada. Ela é importante para interligar o município aos centros urbanos ", citou Waldez.
No sentido estratégico, a rodovia é uma via dorsal que permite uma nova conexão com o trecho sul da BR-156. No município, também foram executadas obras de mobilidade urbana no valor de R$ 17 milhões. Ao todo, foram 14 quilômetros de asfalto na área urbana e mais 11 quilômetros de pavimentação com bloquetes não somente no município, mas também nos distritos do Carvão e Maracá.

Integração

Com o município pavimentado e a rodovia toda asfaltada e sinalizada, era hora de concluir a Ponte da Integração, para aposentar de vez as balsas que faziam a travessia de pedestres e veículos no Rio Matapi. Esse sonho se tornou realidade em dezembro de 2016, fruto do empenho político do governador Waldez.
Na região, o comércio que antes era tímido, logo foi aquecido com a inauguração da ponte. Além de aquecer as vendas e movimentar a economia no comércio local, a estrutura trouxe desenvolvimento e uma maior variedade de produtos nas prateleiras. Novidades que podem ser conferidas no Comercial Ceará. A funcionária Nilda Pereira, conta que antes os caminhões das distribuidoras não faziam entrega em Mazagão, então, eles tinham que vim até Macapá fazer as compras, e aí só levavam o básico. Hoje as prateleiras possuem variedade de produtos, oferecendo aos clientes mais opções.
No turismo, a ponte promoveu o município de Mazagão com foco na Festa de São Tiago, maior evento religioso do município e um dos mais importantes no calendário cultural amapaense.
Mas, há também quem vá para o município aos fins de semana, seja para contemplar a beleza que a Ponte proporciona, como também visitar os diversos balneários que oferecem ambientes agradáveis e uma comidinha regional de dar água na boca.
Um passeio por Mazagão Novo e Mazagão Velho também é inesquecível, cidades que oferecem história, pessoas acolhedoras e outras especificidades regionais.
No setor primário, a Ponte se tornou rota de escoamento da produção agrícola na região do município de Mazagão, onde vivem 171 produtores da agricultura familiar, em 26 comunidades.
A base da produção consiste no plantio da mandioca e derivados, milho, abóbora e polpa de frutas, entre outros. Em 2016, aproximadamente 135 toneladas de alimentos foram produzidas na região e escoadas para outras áreas do estado.
A Ponte também beneficia o setor industrial da região. No eixo metropolitano, estão localizadas 70 empresas que atuam neste segmento, além de garantir mais segurança e agilidade no transporte das mercadorias para a capital e outras regiões do Amapá.
Além do acesso principal, a obra também possui seis alças viárias que garantirão acesso direto para os empreendimentos localizados às margens do Rio Matapi.

Tradição
Com toda a estrutura pronta, foi a vez do amapaense atender ao chamado para ver de perto a secular festa mazaganense, que sempre atraiu um grande público, mas este ano teve todas as expectativas superadas. O motivo do sucesso de público foi creditado à inauguração da Ponte da Integração e à total pavimentação da rodovia que leva até a vila, na zona rural de Mazagão.
O feriado estadual de 25 de julho, Dia de São Tiago, marcou o ponto áureo dos 13 dias de programações culturais e religiosas, em Mazagão Velho.
Ainda antes da batalha houve vários acontecimentos encenados que antecederam a luta: a Entrega dos Presentes e o Baile de Máscaras, que acontecem um dia antes. Poucas horas antes do combate, há a celebração da missa campal e o círio, que este ano reuniram mais de dez mil pessoas.

Teatro a céu aberto
As encenações iniciaram-se por volta de meio-dia. O primeiro episódio é a passagem do Bobo Velho, espião mouro enviado ao acampamento cristão, que na história é descoberto e expulso a pedradas. Mas, na peça teatral de Mazagão Velho, só vale jogar bagaço de laranja.
Por outro lado, os cristãos enviam o Atalaia, um oficial cristão que tinha a missão de espionar e roubar a bandeira inimiga. Mas ele teve um destino diferente do Bobo Velho: acabou morto e decapitado pelo exército mouro, mas ainda conseguiu arremessar o estandarte do inimigo para os cristãos. A cena da morte do Atalaia é uma das mais importantes da encenação.
Após a passagem do Bobo Velho e a morte do Atalaia, começa então a encenação de vários episódios, o acordo não cumprido dos cristãos de trocar o corpo de seu oficial abatido pela bandeira moura dá início a uma série de intensas lutas armadas. Foi quando São Tiago apareceu e, junto com o companheiro São Jorge, pediu a Deus para tornar o dia mais longo e ajudar o povo de Cristo a vencer sucessivas batalhas.

Emoção
A última cena é uma das mais emocionantes: os dois santos com as espadas cruzadas simbolizam a vitória. E assim se encerra mais uma edição da mais tradicional manifestação cultural do Amapá. Tradição de quase dois séculos e meio.
Para o público, a encenação é sempre linda e causa uma grande emoção mesmo para quem já acompanha há bastante tempo. A aposentada Dalci Cunha, 69, assiste a interpretação da luta há mais de dez anos, mas afirma que cada ano é diferente.
“Eu adoro acompanhar essa festa. Venho de Macapá só para ver a batalha e, hoje, está muito mais organizada. A cidade está mais bonita e tenho certeza que o espetáculo ainda mais emocionante”, enfatizou.
“Não imaginava que era uma festa tão linda e com tanta riqueza cultural e religiosa. Ainda estou me perguntando como isso realmente acontece em uma pequena cidade do interior do Amapá”. Essa foi a impressão da professora Suane Rodrigues, que, pela primeira vez, participou da festa.
Para que tudo ocorresse conforme o planejado, toda a estrutura do Governo do Amapá esteve envolvida na festa.

Serviços
Os empreendedores aproveitaram o grande fluxo de pessoas para faturar. Espaços de venda de alimentos, bebidas, artesanato, bijuterias, roupas e acessórios atenderam o público presente no município. O artesão Orivaldo Brito disse estar satisfeito. O motivo foi a venda de peças em madeira utilizadas para comer caranguejo, chamadas de “toc-toc”. Desde o início dos festejos, ele vendeu mais de 20 peças.
A praça de alimentação foi outro ambiente bastante frequentado. No total, 27 vendedores de comidas típicas, salgados, bebidas, doces e outros produtos ofereceram aos visitantes a diversidade culinária da nossa região. Uma grande tenda foi montada para abrigar este público em barracas padronizadas.
Os colaboradores da Agência de Fomento do Amapá (Afap) realizaram uma ação de recolhimento do lixo e separação de todo o material reciclável usado pelos fiéis durante a peregrinação. Na área da saúde, 25 profissionais deram suporte em plantões de 24 horas na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Mazagão Velho e na Unidade Mista de Saúde (UMS) na sede do município Mazagão. No total, foram contabilizados mais de 450 atendimentos durante a festividade, sendo que nenhum foi grave.

Avaliação

Para a equipe de governo, a organização da festa para o próximo ano deve começar ainda em 2017, visando o grande fluxo de visitantes este ano e o crescente público nos anos seguintes. “A Festa de São Tiago é um dos principais eventos do calendário cultural do Amapá. Com toda a estrutura pronta, a tendência é que esse público cresça a cada ano. E precisamos estar preparados para isso”, concluiu o secretário Alcyr Matos, das Cidades.

DIREITO ELEITORAL



Combate à corrupção eleitoral no Direito alemão
            A corrupção eleitoral chegou a patamares insustentáveis no Brasil. Até mesmo a maior autoridade da Nação, o presidente da República, está denunciado criminalmente por corrupção, aguardando o Supremo Tribunal Federal autorização da Câmara dos Deputados para afastá-lo do cargo e prosseguir o julgamento do processo penal.
           Em sobrevôo, avistemos como alguns países de diferentes culturas têm trabalhado a questão do combate à corrupção eleitoral em seus respectivos ordenamentos jurídicos.
           Vejamos hoje a experiência da Alemanha.
            O sistema eleitoral alemão é admirado em todo o mundo. No que toca às incursões do poder econômico no processo eleitoral, desde 1949 trabalha no sentido de minorá-las.
            Uma das principais ações que tomaram para aperfeiçoar o sistema político e eleitoral do país e, consequentemente, diminuir os excessos do poder econômico nas eleições, foi a criação da cláusula de barreira. Ela determina que só se podem fazer representar no Bundestagaqueles partidos que conseguirem, no mínimo, 5% dos votos válidos ou três mandatos. Dos 36 partidos existentes após a Segunda Guerra, eram 4 em 1990.
            Antes de avançar nesta explanação, um alerta: A Alemanha é país de primeiro mundo, líder da Comunidade Européia. Quem se põe a estudar outras culturas diferentes da sua, não pode olvidar de que cada povo possui suas peculiaridades. Não se pode transplantar jeitos e formas de viver e fazer, sem essas ponderações. As sociedades humanas são organismos vivos e não máquinas; elas funcionam de acordo com o que lhes é próprio.
            Faço este aviso, pois, vez por outra, vemos e lemos pessoas que constroem comparações e considerações imponderadas, no âmbito do direito comparado e estrangeiro, alucinadas por mudanças instantâneas e irrefletidas.
            Voltemos. O financiamento eleitoral germânico é misto, porém, o financiamento público prevalece no país.
            Na Alemanha, todos os partidos cobram mensalidades dos seus filiados, além de poderem receber doações de simpatizantes; mas, os montantes arrecadados desta forma não são suficientes.
            Assim, os partidos passaram a receber anualmente do Estado, por até 5 milhões de votos válidos 1,30 marcos, depois euros, por voto.
            Para motivar a prestação de contas dos recursos privados recebidos pelos partidos, para cada dinheiro arrecadado como contribuição dos filiados ou doações, o partido recebe cinqüenta fênigues (bônus). A legislação bávara determina que, durante o ano, os subsídios destinados para todos os partidos não pode ultrapassar o limite máximo estabelecido na norma.
            O controle contábil dos partidos é feito pelo Der Bundeswahlleiter, órgão eleitoral descentralizado, com nove membros, responsável pelos assuntos eleitorais da Nação. Ocorrendo desobediências às normas eleitorais, o Judiciário é acionado para apurar e, se for o caso, punir os infratores.
           Esta experiência eleitoral germânica é uma das que subsidiam os projetos de reformas política e eleitoral que tramitam no Congresso Nacional brasileiro.
           As informações expostas aqui foram extraídas especialmente da obra Perfil da Alemanha, de Arno Kappler, trad. Assis Mendonça, FranKfurt: Departamento de Imprensa e Informação do Governo Federal, págs. 169-76.
           Para mais informações, consulte os siteswww.government.de e www.bundestag.de. A Lei Fundamental de Bonn, que é a Constituição da Alemanha, ser encontrada no site http://info.juridicas.unam.mex/cisinfo/. Ver, ainda, Celso Ribeiro Bastos e Ives Gandra Martins, págs. 569 ss. e David Fleischer, Financiamento das campanhas eleitorais. In Revista Ciências Jurídicas, ano 1, n. 2, Brasília, jun. 1994, p. 169-70.




FALA FONO

Intervenção Fonoaudiológica nos Quadros de Câncer de Cabeça e Pescoço

Bom dia!! Sejam bem-vindos a mais um Fala Fono!!
O dia 27 de Julho é o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, e durante todo o mês de Julho, a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) promove atividades de conscientização e informação, com o objetivo de mobilizar a população e autoridades com a campanha #julhoverde.
Os tumores de cabeça e pescoço são uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe (onde é produzida a voz), esôfago, tireoide e seios paranasais.
O diagnóstico precoce e o rápido início do tratamento são fundamentais para a cura do câncer de cabeça e pescoço. Um dos principais problemas para o tratamento é o diagnóstico tardio, que ocorre em 60% dos casos, deixando sequelas no paciente.
Segundo levantamento do Inca, o câncer de boca, laringe e demais sítios é hoje o segundo mais frequente entre os homens, atrás somente do câncer de próstata. Nas mulheres, prepondera o câncer da tireoide, sendo o quinto mais comum entre elas.
Outro alvo também atinge fumantes e pessoas que fazem uso frequente de bebidas alcoólicas. Porém é cada vez mais frequente o diagnóstico da doença em indivíduos jovens (menores que 45 anos), sem a exposição a estes fatores, com tumores originados pelo HPV.
Você sabia que a Fonoaudiologia tem importante papel no tratamento do Câncer de Cabeça e Pescoço?
Sua atuação começa no pré-operatório, quando fornece aos familiares informações quanto às possíveis sequelas, que podem variar de acordo com a gravidade do quadro, mas quase sempre existirão dificuldades de fala, voz e alimentação, e sobre o processo de reabilitação fonoaudiológico.  Este é um momento muito importante, uma vez que aqui se inicia o vínculo terapeuta/paciente.
No pós-operatório, o Fonoaudiólogo acompanha a evolução, fazendo visitas rápidas e frequentes. Se necessário, realiza a avaliação clinica das funções do sistema estomatognático e solicita a avaliação objetiva da deglutição e/ou fonação.
A intervenção propriamente dita, a reabilitação fonoaudiológica de fato, começa após a segunda semana de pós-operatório, quando a cicatrização já está completa ou então, após a alta hospitalar com o encaminhamento médico.
O principal objetivo da fonoterapia em câncer de cabeça e pescoço é a reabilitação da deglutição (ato de engolir). Após, se necessário, realiza-se o trabalho fonoarticulatório e vocal.
A reabilitação fonoaudiológica pode ser direta ou indireta, envolvendo estimulação sensorial, manobras de proteção de via aérea e posturais, exercícios fisiológicos e adaptação de próteses orais.
A integração do fonoaudiólogo com a equipe interdisciplinar é essencial para que o indivíduo tenha as melhores possibilidades de adaptação após o tratamento do câncer de cabeça e pescoço.
O Fala Fono!! vai ficando por aqui! Até a próxima!
Fala Fono!!



Sanidade Agropecuária

 
Amapá integra discussões do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária





Foto: Lílian Guimarães
Evento reúne entidades de defesa agropecuária de todo o país para promover a permanente articulação entre os órgãos -  

Da Editoria
 Os avanços e a defesa da agropecuária brasileira são pautas do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa), que se iniciou nesta quinta-feira, 27, em Rio Branco, no Acre. O Amapá está representado pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro).
Criado em 2000, o Fonesa reúne entidades de defesa agropecuária de todo o país e tem como principal finalidade promover a permanente articulação entre os órgãos, objetivando o desenvolvimento harmônico e integrado das ações de sanidade animal, vegetal e inspeção higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos de origem animal e vegetal.     
Tuberculose, brucelose, trânsito animal, retirada da vacina contra aftosa, inspeção de carne, Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos, e sanidade avícola também estão na pauta dos debates.
O presidente da Diagro, José Renato Ribeiro, explica que o fórum oportuniza a discussão dos principais temas relacionados à agropecuária brasileira, buscando de forma coordenada apresentar proposições ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), visando o fortalecimento da defesa agropecuária do país.  
“O Amapá está representado e bastante ativo, o governo do Amapá, nos últimos meses, deu um salto de qualidade em todas as vertentes, principalmente na inspeção animal e no agronegócio, fortalecendo a economia e abrindo novos horizontes para o nosso Estado”, compartilhou José Renato.
Amapá
O setor de inspeção agropecuária tem ganhado destaque positivo, no último ano, pelos excelentes resultados alcançados no trabalho realizado contra a febre aftosa. A conscientização dos produtores na vacinação dos rebanhos é a principal delas, por isso, a Diagro se prepara para lançar a campanha anual de vacinação prevista para ocorrer de 15 de setembro a 15 de novembro.
Em 2016, o Amapá atingiu 95,6% da cobertura vacinal, superando a expectativa que era de 90%. A alta cobertura vacinal do ano passado, aliada ao trabalho em campo dos fiscais da Diagro, foram os pontos fundamentais para a mudança de status de alto para médio risco alcançado pelo Amapá, em maio deste ano.
Agora, o governo se prepara para subir mais um degrau. A expectativa é que até o dia 15 de agosto ocorra a oficialização da instrução normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) certificando o Estado como área livre de aftosa com vacinação
Combate a aftosa 2017
O setor de inspeção agropecuária tem ganhado destaque positivo no último ano pelos excelentes resultados alcançados no trabalho realizado contra a febre aftosa. A conscientização dos produtores na vacinação dos rebanhos é a principal delas, por isso, a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) se prepara para lançar a campanha anual de vacinação prevista para ocorrer de 15 de setembro a 15 de novembro.
Em 2016, o Amapá atingiu 95,6% da cobertura vacinal, superando a expectativa que era de 90%. A alta cobertura vacinal do ano passado, aliada ao trabalho em campo dos fiscais da Diagro, foram os pontos cruciais para a mudança de status de alto para médio risco alcançado pelo Amapá, em maio deste ano. Agora, a Diagro se prepara para subir mais um degrau. A expectativa é que até o dia 15 de agosto ocorra a oficialização da instrução normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) certificando o Estado como área livre de aftosa com vacinação.
“Iremos provar para o Brasil e o mundo que não existe a circulação do vírus da aftosa em nosso Estado. Esse resultado é fruto do trabalho dos servidores da Diagro e da conscientização dos produtores. Afunilamos as fiscalizações, e com isso, protegemos a saúde do consumidor e fortalecemos a economia do Amapá”, compartilhou o diretor-presidente da Diagro, José Renato Ribeiro.
Potencial
O Amapá hoje conta com um rebanho considerado de pequeno porte comparado a outros estados brasileiros. São cerca de 3 mil produtores e pelo menos 326 mil animais entre búfalos e bubalinos. O grande diferencial está na qualidade. A nova mudança de classificação é muito importante para a economia amapaense, possibilitando um mercado de carne, principalmente a de búfalo.
“Temos muitos investidores de olho na carne de búfalo do Amapá, que é uma carne de qualidade, e principalmente no nosso estado, onde eles são criados em pastagens nativas. Poderemos vender para o mercado nacional e futuramente para o mercado internacional, principalmente para a Guiana Francesa, que nos dá porta para a Europa”, explicou o presidente da Diagro.
Febre aftosa
O combate à febre aftosa é um plano nacional, em que há um grande envolvimento das esferas governamentais, privadas e sindicais do setor primário e pecuarista. O Amapá, por enquanto, possui status de “médio risco” da doença. Desde 1999 não é registrada circulação do vírus no Estado




CAPA DO SEGUNDO CADERNO 567


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