sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Uma amapaense enfrenta três furacões nos EUA

Uma amapaense enfrenta DOIS furacões nos EUA

 
RITA GOEBEL E FAMILIA
Por Rita Goebel


Você que mora abaixo da linha do Equador, não tem ideia das mudanças climáticas que os Estados Unidos da América (EUA) passam, isso em função do vasto território e da diversidade de características geográficas, os Estados Unidos apresentam diversos tipos de climas. Grande parte do território norte-americano encontra-se na Zona Climática Temperada.
Porém, acontecem os verões quentes com temperaturas elevadas (média de 30ºC) nas regiões sul e sudeste do país e a ocorrência de furacões e tempestades tropicais nas costas sudeste e noroeste nas estações da primavera e outono.
Os Estados Unidos são o país com a maior comunidade brasileira no exterior: A estimativa é de que quase 1,5 milhão de brasileiros vivam no país.
Esta semana conversando com a amiga Rita Goebel que é amapaense, mora há muitos anos na cidade de Magnolia no  Texas (EUA), com o marido, o empresário Tom Goebel e o casal de filhos. Ela faz parte do Instituto Memorial Amapá e é uma das pessoas responsáveis pelo FaceMemorial que, através de fotos, resgata a memória de Macapá e seus pioneiros. Rita e professora na The Academy & Kids Club.

Rita que está desde 1994 (23 anos), nos EUA e consultada como estava se saindo na passagem dos furacões que estavam assolando a costa americana ela foi rápida e decisiva “Já sobrevivi a dois furacões, inclusive um que era meu Xará”.
A amapaense que sobreviveu no Estado do Texas, EUA, ao Furacão Rita que fez parte da temporada de furacões do Atlântico Norte em 2005. Foi a décima sétima tormenta, nono furacão, quinto maior furacão e o segundo furacão de categoria 5 na temporada. O furacão impactou o Estado da Florida, nos Estados Unidos, Cuba, e em 21 de setembro de 2005 se converteu num furacão de categoria 5 e passou a ameaçar Texas e Louisiana. Tocou na terra no dia 24 de setembro, entre Texas e Louisiana. Ventos alcançaram 285 km/h e desde 1953 quando iniciou o sistema de nomeação dos furacões o único com a letra R era o furacão Roxanne em 1995.


Rita Goebel conta que na época morava em The Woodlands, Texas, em uma casa de dois andares e resolveram ficar, caso chegassem inundações poderiam subir para o segundo andar. À tarde do mesmo dia resolveram juntamente com os vizinhos ir para estrada chamada I-45 e ver se dava para sair da cidade. Porém, nos deparamos com milhões de pessoas evacuando a cidade com destino a Dallas que fica a 2 hrs 30 mins de minha casa, era um dia quente e nunca esqueci o olhar das pessoas dentro dos carros com seus animais, crianças c seus rostinhos assustados”.

Com uma decisão corajosa a família Goebel resolveu voltar para casa e enfrentar esse furacão. “Ele tinha o meu nome ‘Rita”. Voltaram mais não esquecerem os que fugiam para longe da catástrofe anunciada. “Pegamos galões de água para distribuir para as pessoas, eles nos agradeciam tanto, com lágrimas nos olhos, já estavam 7 horas no carro e nem haviam saído da cidade. Voltamos com os corações angustiados de ter visto aquela cena de guerra”.

De madrugada, o furacão passou uivando, quebrando árvores, telhados, cercas, casas pequenas, muita chuva e vento muito forte. “Nós ficamos no banheiro no centro da casa esperando passar, pela manhã fomos ver o estrago causado, árvores nas casas, falta de energia etc...., mais um sentimento de alegria nos contagiou por saber que estávamos salvos e nossa casa também. Meu marido dizia eu sobrevivi a dois furacões ‘Rita’”

O outro turbilhão veio acontecer 112 anos depois do ‘Rita’, foi este ano, em agosto enfrentamos o Furacão Harvey que é um ciclone tropical tornando-se um furacão de categoria 4 atingiu o Texas em 24 de agosto e ficou até 25 com intensas chuvas aproximadamente 9 trilhões de agua da chuva ocorrendo uma enchente em lugares onde pessoas moravam a 30 anos e nunca tinham visto tanta água o pior desastre na história do Texas e a recuperação da cidade vai demorar anos.

Mais uma vez a família Goebel resolveu enfrenta mais um furacão. “Nos também resolvemos ficar e enfrentar o Harvey, desta vez morando em Magnolia, Texas a alguns quilometres da cidade de Houston, na sexta-feira começamos a sentir que ia ser brabo, estávamos com a visita do amigo Gilberto Pinheiro, ele é sua filha foram para o Canadá na manhã do sábado cedinho, meu esposo os deixou no aeroporto e voltou, nessa noite o furacão passou e veio com chuva daquelas ‘bagudas’, parecia um dilúvio com relâmpagos e trovões, por sorte não tinha vento forte. 

Rita Goebel, conta que ao amanhecer foi olhar o estrago deixado pelo ciclone. “Pela manhã fui ver o estrago, me deparei com os córregos da minha rua como se fossem rios, os vizinhos não tinham eletricidade e algumas árvores no chão, no quintal. Nossa casa estava tudo bem. A entrada do condomínio só entrava de barco e no fim da rua algumas pessoas tinham água na garagem. Já em Houston e nos arredores muitas casas tinham água na altura da cintura, uma tristeza de ver pessoas perderem suas fotografias, seus documentos e anos de histórias de suas vidas. Mais uma vez Deus nos poupou e só temos que agradecer”.
Destaque-se que o “Irma”, que assombrou o EUA passou longe da família Goebel, mas deixou muitas famílias de brasileiros e americanos destroçados.


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