domingo, 25 de junho de 2017

Saúde Pública

Saúde Pública
leishmaniose visceral em cães é investigado em Macapá
Estado faz varredura para detectar e combater focos de Leishmaniose visceral


Os técnicos também informaram e orientaram a população sobre a doença nos cães que são hospedeiros definitivos e podem transmitir a LVC ao homem




Da Editoria
O Governo do Amapá realizou   ação de vigilância no bairro Jardim Marco Zero com o objetivo de fazer um inquérito com amostragem de sangue e levantamento do número de cães do bairro, além de uma pesquisa para capturar o vetor responsável pela transmissão da Leishmaniose visceral.

CICLO LEISHMANIOSE

A ação desenvolvida em conjunto pelas Secretarias de Saúde estadual e municipal, iniciou e é provocada pela ocorrência do primeiro caso contraído na região de Leishmaniose Visceral Canina (LVC) no município de Macapá. A amostra de sangue do cão foi analisada pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá (Lacen), que confirmou o caso.

A veterinária Naima Picanço coordenou a ação e relata que 100 cães da área do foco transmissor serão examinados. "Iremos avaliar a vulnerabilidade na área de transmissão realizando um inquérito sorológico. Foram realizadas coletas em 100 cães em dois dias de ação. Esperamos poder concluir e obtermos o resultado do inquérito o quanto antes", completa Naima.
Participaram da ação seis equipes compostas por um médico veterinário cada, que percorreram a Avenida Equatorial e transversais - por ser uma área de possível transmissão da doença - para coletar o sangue dos cães e posteriormente realizar o exame específico.
Os técnicos também orientaram a população sobre a doença nos cães que são hospedeiros definitivos e podem transmitir a LVC ao homem por meio do vetor flebotomínio também conhecido como mosquito palha.
A dona de casa Valéria da Costa aprovou a ação e afirma que é importante para a saúde de todos. "A visita será sempre bem-vinda, pois protege nossos animais e até mesmo a gente que sempre está em contato com eles. A prevenção é sempre importante", declarou Valéria.
Locais úmidos e sem limpeza adequada favorecem a proliferação do mosquito-palha

O coordenador da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, Clóvis Miranda, reforçou a importância da colaboração da população neste inquérito. "Nossas equipes de controle de zoonoses e do Lacen precisam trabalhar na identificação de outros possíveis casos, com a finalidade de definir ações de controle", afirma.
A doença
Mosquito-palha transmissor do virus

A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença sistêmica, causada pelo protozoário Leishmania infantum e é transmitida às pessoas pela picada do mosquito palha. Em cães, a doença se manifesta com emagrecimento progressivo, falta de apetite, lesões de pele que não cicatrizam, crescimento exagerado das unhas, aumento do tamanho do fígado e do baço, podendo levar a óbito.
Quando apresentada em pessoas, a doença tem sintomas como febre intermitente, aumento do tamanho do fígado e do baço, palidez de mucosas. O quadro pode ser agravado com hemorragia, icterícia, desnutrição e levar a vítima a óbito.
Combater o mosquito que transmite a doença, conhecido popularmente como mosquito-palha, é a melhor prevenção, já que não há vacina contra a leishmaniose e os tratamentos são demorados. A proliferação do transmissor mosquito palha são semelhantes aos de combate ao Aedes aegypti, associado à dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Como ocorre a transmissão?
O transmissor é o flebótomo, conhecido popularmente como mosquito palha. Ele transmite o protozoário por meio da picada. Os cães são hospedeiros da leishmaniose visceral. Eles não transmitem a doença, assim como ela não é transmitida entre humanos. Mas o mosquito pode picar o cachorro que está com a doença e se infectar.


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