Saúde Pública
leishmaniose visceral em cães é investigado em Macapá |
Estado faz varredura para
detectar e combater focos de Leishmaniose visceral
Os
técnicos também informaram e orientaram a população sobre a doença nos cães que
são hospedeiros definitivos e podem transmitir a LVC ao homem
Da Editoria
O Governo do Amapá realizou ação de
vigilância no bairro Jardim Marco Zero com o objetivo de fazer um inquérito com
amostragem de sangue e levantamento do número de cães do bairro, além de uma
pesquisa para capturar o vetor responsável pela transmissão da Leishmaniose
visceral.
CICLO LEISHMANIOSE |
A ação desenvolvida em conjunto pelas Secretarias de Saúde
estadual e municipal, iniciou e é provocada pela ocorrência do primeiro caso
contraído na região de Leishmaniose Visceral Canina (LVC) no município de
Macapá. A amostra de sangue do cão foi analisada pelo Laboratório Central de
Saúde Pública do Amapá (Lacen), que confirmou o caso.
A veterinária Naima Picanço coordenou a ação e relata que
100 cães da área do foco transmissor serão examinados. "Iremos avaliar a
vulnerabilidade na área de transmissão realizando um inquérito sorológico.
Foram realizadas coletas em 100 cães em dois dias de ação. Esperamos poder
concluir e obtermos o resultado do inquérito o quanto antes", completa
Naima.
Participaram da ação seis equipes compostas por um médico
veterinário cada, que percorreram a Avenida Equatorial e transversais - por ser
uma área de possível transmissão da doença - para coletar o sangue dos cães e
posteriormente realizar o exame específico.
Os técnicos também orientaram a população sobre a doença
nos cães que são hospedeiros definitivos e podem transmitir a LVC ao homem por
meio do vetor flebotomínio também conhecido como mosquito palha.
A dona de casa Valéria da Costa aprovou a ação e afirma que
é importante para a saúde de todos. "A visita será sempre bem-vinda, pois
protege nossos animais e até mesmo a gente que sempre está em contato com eles.
A prevenção é sempre importante", declarou Valéria.
Locais úmidos e sem limpeza adequada favorecem a proliferação do mosquito-palha |
O coordenador da Coordenadoria de Vigilância em Saúde,
Clóvis Miranda, reforçou a importância da colaboração da população neste
inquérito. "Nossas equipes de controle de zoonoses e do Lacen precisam
trabalhar na identificação de outros possíveis casos, com a finalidade de
definir ações de controle", afirma.
A doença
Mosquito-palha transmissor do virus |
A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença sistêmica,
causada pelo protozoário Leishmania infantum e é transmitida às pessoas pela
picada do mosquito palha. Em cães, a doença se manifesta com emagrecimento
progressivo, falta de apetite, lesões de pele que não cicatrizam, crescimento
exagerado das unhas, aumento do tamanho do fígado e do baço, podendo levar a
óbito.
Quando apresentada em pessoas, a doença tem sintomas como
febre intermitente, aumento do tamanho do fígado e do baço, palidez de mucosas.
O quadro pode ser agravado com hemorragia, icterícia, desnutrição e levar a
vítima a óbito.
Combater o mosquito que transmite a doença, conhecido
popularmente como mosquito-palha, é a melhor prevenção, já que não há vacina
contra a leishmaniose e os tratamentos são demorados. A proliferação do
transmissor mosquito palha são semelhantes aos de combate ao Aedes aegypti,
associado à dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Como ocorre a transmissão?
O transmissor é o flebótomo, conhecido popularmente como
mosquito palha. Ele transmite o protozoário por meio da picada. Os cães são
hospedeiros da leishmaniose visceral. Eles não transmitem a doença, assim como
ela não é transmitida entre humanos. Mas o mosquito pode picar o cachorro que
está com a doença e se infectar.
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