sexta-feira, 30 de agosto de 2013

CAPA DA EDIÇÃO 373


SOCIAL



Os dois lados da mídia e a consciência do povo


A saúde do Amapá vive hoje seu pior momento. Calcada em mentiras e maquiada pela propaganda, a situação que chega à população é bem diferente daquela vista no dia a dia, nas filas de consultas ou para marcação de exames. Em um governo de mentiras, a mídia é o mecanismo utilizado para enganar e distorcer os fatos. Foi assim na Alemanha nazista de Adolf Hitler, que foi capaz de transforma tal regime apoiado na violência, tortura e opressão, em algo que soou como a salvação do país naquele momento da História. Tudo pela força da propaganda. Hitler só teve que eliminar ou calar a oposição para que sua estratégia maquiada não fosse denunciada e assim o fez. Todos os elementos contrários foram mortos ou tiveram que fugir. O que sobrou foi apenas a mídia simpática ao nazismo. Em certa proporção vivemos hoje a mesma situação. Um governador com ideias autoritárias adestra um lado da mídia e marginaliza o outro. Quem o elogia é profissional, quem o critica é bandido. Esquece que boa parte das ditaduras do mundo caíram pelas mãos da imprensa marginalizada, que na verdade só se opõe. E é graças a esta oposição que a população pode ver os desmandos e é instigada a pensar para subverter a ordem. Como o povo teria acesso à informação de crianças morrendo na maternidade ou do odor de esgoto que exala pelos corredores da maternidade se não fosse a oposição. Isso poderia ser estampado em manchete da imprensa chapa branca do governo? Poderia ser falado nos programas de rádio pagos pelo governador ou nos programas de simpáticos à atual gestão em troca de valores? A falta de médicos, as pessoas mortas no setor de oncologia por falta de medicação e tratamento, a demora para conseguir uma passagem aérea sair daqui correndo atrás de mais alguns anos de vida. Tudo isso é escondido, maquiado, colocado atrás dos tapumes inaugurados quase todos os dias pela atual gestão que sonha com mais quatro anos tentando ludibriar o raciocínio do eleitor. Os intelectualóides da pseudo esquerda ainda pensam que o povo é ingênuo e bobo. Esquecem que este mesmo povo aprendeu a ler, mas ele não só lê. Além de ler, ele pensa. Ele não só assiste tv, ele absorve. Ele não só ouve o rádio, ele participa e opina. É um povo que está sendo alertado a querer olhar por cima do tapume, querer mais do que promessas e ignorar risos amarelos. Principalmente amarelos.

Garras do Felino

Nas garras do felino

Intragável

O presidente do Conselho Regional de Enfermagem-COREN, Aureliano Pires, não se fez de rogado quando perguntado no programa Tribuna Amapaense no Rádio da 102,9 FM sobre as condições do Hospital da Mulher Mãe Luzia. “Está fendendo a cocô!” Égua “Camilovisk”! Teu governo tá literalmente uma merda. Conclusão de um ouvinte: o governo amarelo tem cheiro e seu odor retrata fielmente o que fazem. Muita, mas muita mereeeerrrrrrcadoria.

Gaulês
O afuaense Capi, autor do livro biográfico Exílio na Floresta, está  defendendo o acordo “dragoniano” de Lula e Sarkozy que entre outras aberrações fere a soberania nacional e pisoteia na Constituição do meu País. Esse senador cassado por corrupção eleitoral parece que é parente do Di Rã. O gaulês. Lembram do grande Hélio Penafort, ele quem contava bem a história do Di Rã. E a do Capi também.

Negado

O pedido de preventiva do Ministério Público contra os deputados Edinho Duarte (PMDB) e Moisés Souza (PSC). O relator, desembargador corregedor do Tjap, Constantino Brahuna disse não ver razão para isso, mas manteve os dois afastados da função de presidente e 1º secretário, respectivamente.

Suja na praça

Se houvesse um SPE político a deputada Sandra Hoana estaria com nome no Serviço de Proteção ao Eleitor. Após a matéria publicada neste periódico o que recebemos de denúncia contra esta senhora foi uma festa. Uma foi do seu ex-motorista particular. Após 14 anos de serviço prestado levou um pé no traseiro, detalhe: sem receber a indenização. Ele está com ela às voltas na Justiça do Trabalho.

Sem murro

Até hoje o vereador Rocha do Sucatão (PT) não deu o prometido murro na mesa. O mandato segue insípido, inodoro e sem cor. Na Câmara o 1380+1 não passa de uma sucata jogada no canto e desarrumado, quem come Tamatá não pode arrotar Salmão... Como ninguém cobra, o parlamentar vai se acostumando as mordomias do poder... E entulhando o mandato de requerimentos.

Artimanha

Se investigar os documentos que o ex-motorista da deputada Sandra Hoanna (PP) anda mostrando nas redações. Pímba! La tá tipificado o crime de improbidade administrativa. O cara era motorista particular da parlamentar e recebia pela Assembléia... E o dinheiro sai do bolso do coitado do contribuinte.

Mordaça

Sem mordaça. Essa vai ser a linha editorial do Tribuna no Rádio e na TV então...Hummmmm. Que tu diz Nezinho?
   



 




            Quem são os verdadeiros animais?


            Não existem números oficiais de gatos e cães sem dono que perambulam pelas vias públicas das cidades do País, e em Macapá não é diferente. Entretanto, os especialistas e as entidades protetoras dos animais estimam que eles representam 10%  do total daqueles que vivem em residências.
            O abandono dos animais, em especial os animais domésticos como cães e gatos, é um problema que afeta cada vez mais as cidades, não somente aqui em nosso País como em todo mundo. Além de ser uma grave violação ao direito dos animais, gera inúmeros problemas de segurança de saúde pública nos grandes núcleos urbanos.       
            Como estes animais são tratados pelo poder público?
            Posse, propriedade, compra e venda. Expressões cotidianamente aplicadas aos nossos bens, como casa e automóvel, são também utilizadas para se referir a seres vivos que, geralmente por escolha nossa e não deles, estão sob nossa responsabilidade. Não é de agora que os animais são descritos como outro bem qualquer. No próprio Velho Testamento, encontramos passagens em que o povo recebe orientações divinas sobre como indenizar, por exemplo, quando um animal de um vizinho se fere ou morre em terras de outra pessoa.
            Já com relação a legislação brasileira, são vários os dispositivos que regulamentam a compra e venda, tratam da saúde do animal como forma de prevenir doenças, possui um sentido bem mais comercial e político-social do que a preocupação com a saúde e o bem estar dos animais.
            Para o promotor de justiça Eron Cordoli, professor de Direito Ambiental da Universidade Federal da Bahia e membro do Ministério Público Estadual, lamenta o tratamento que é dado aos animais no mundo jurídico atual, "Não é um privilégio só do Brasil. O mundo jurídico ainda vê os animais como um objeto, como uma coisa. Como um carro, como uma casa, destituídos totalmente de valor jurídico e, em boa parte, também de valor moral. Sempre que há o interesse do ser humano em relação aos animais, prevalece o interesse dos seres humanos. É uma postura muito discriminatória. Isso é injusto e isso fez com que vários pesquisadores de variadas universidades ao redor do mundo, e vários ativistas sociais também, formem hoje um movimento que luta pelo reconhecimento dos direitos dos animais."
            Mesmo nas cidades em que o poder público tem atuado para proteger esses animais, o papel das organizações não governamentais é fundamental para auxiliar nesse trabalho. Quando a política voltada para os animais não se preocupa com o seu bem estar, limitando-se apenas ao controle de zoonoses, as ONGs passam a ser a única esperança de vida para milhares de bichos abandonados pelas ruas.
            A Sociedade Mundial de Proteção Animal, conhecida pela sigla em inglês WSPA, é uma federação que reúne milhares de ONGs em todo o mundo. No Brasil, a entidade é sediada no Rio de Janeiro e conta com 103 ONGs filiadas. A WSPA atua através de suas filiadas ou diretamente, promovendo campanhas educativas.      A presença das ONGs na defesa dos animais se dá por ineficiência e absoluta  omissão  do poder público.
            Aqui em Macapá isto é perceptível, não enxergamos nenhuma ação por parte da Prefeitura visando recolher das ruas os animais doentes, os que foram atropelados, os mutilados e os abandonados. Os doentes para serem diagnosticados e tratados e os abandonados para serem adotados. Também não temos tido notícia por aqui de nenhuma ONG fazendo este atendimento.
            A constatação destes animais abandonados em Macapá é mais visível quando percorremos os bairros mais afastados do centro da cidade. Eles costumam frequentar e se adaptar melhor às periferias, já que a menor circulação de carros e a precária coleta do lixo domiciliar, feita no máximo três vezes por semana, favorece a permanência deles nestas áreas.



            Em décadas passadas, víamos em Macapá a tal chamada “carrocinha”, com os seus exímios laçadores,  fazendo o recolhimento dos animais que perambulavam pelas vias públicas. Ao longo dos últimos anos, os prefeitos falavam rapidamente que iriam ativar o serviço do canil municipal, porém, nada era feito efetivamente, e até hoje nenhuma ação foi posta em prática.
            Diante, desta omissão do poder publico municipal, o Ministério Público bem que poderia propor medidas legais para controle populacional de animais abandonados na ruas. Trata-se de um caso de saúde pública e de meio ambiente que a população de Macapá está exposta no dia a dia.
            O que ainda se enxerga por aqui é uma campanha capenga de vacinação, sem saber qual o universo de animais vacinados que vão atingir, pois, como já afirmamos, não existem estatísticas oficiais disponíveis. Só esta ação é muito pouco para um problema que expõe os habitantes de uma capital com uma população estimada em 415 mil habitantes.


           
            Adrimauro Gemaque (adrimaurosg@gmail.com)
           





PMM

PMM
Prefeito Clécio dialoga com servidores

Reinaldo Coelho
Da Reportagem



“Os servidores públicos do município de Macapá, não terão perda de nenhum de seus direitos conquistados e não permitirei que isso aconteça”. Essa foi a fala do prefeito Clécio Luiz quando determinou que fosse suspensa a decisão do oficio emitido na quinta-feira (22) e que qualquer negociação e alteração na folha serão feitas mediante diálogo aberto na Mesa de Valorização do Servidor.

O prefeito esclareceu que, desde os primeiros dias de seu governo vem trabalhando com base no diálogo, respeito e valorização do direito dos servidores municipais. Mesmo com todas as dificuldades financeiras da Prefeitura, ainda no primeiro semestre da gestão foram implantadas importantes medidas em favor do servidor.

Tanto, que baseado nessa política, convidou na quarta 28, o Sindicato dos Servidores Municipais de Macapá (SSMM) para discutir a pauta de reivindicações da categoria, que protestava em frente à sede da administração municipal.

O prefeito acolheu a pauta da categoria e assumiu o compromisso de analisar as reivindicações, comprometendo-se a indicar os possíveis encaminhamentos para as demandas. “A Mesa de Valorização do Servidor foi uma sinalização minha, pois quero restituir o papel do servidor municipal. Todos sabem da minha história e reafirmo meu compromisso com o povo e a cidade de Macapá”, afirmou Clécio Luís.

Mesa de negociação

Segundo Maikon Magalhães, coordenador da Mesa, a prefeitura não vai retirar nenhum benefício dos servidores. Ele desmentiu qualquer notícia contrária a respeito do assunto."Recebemos a pauta de reivindicações, algumas causas já são históricas e vêm de outras administrações. Vamos atender o máximo de solicitações possíveis, dentro das condições da prefeitura que, no momento, atravessa uma grande crise financeira", afirmou Magalhães.

Reivindicações

Na pauta de reivindicações constam inúmeros processos administrativos de Direito que nunca foram respondidos pela gestão passada, entre elas as progressões que não foram pagas a quem é de direito. Todas as categorias estão pelo menos com quatro progressões atrasadas. Profissionais da educação, saúde e guarda municipal são algumas das categorias prejudicadas.

Prestação de contas

Na ocasião, o gestor municipal prestou conta dos oito meses à frente da Prefeitura de Macapá como pagamento de R$ 20 milhões de salários atrasados,redução de 30% dos cargos comissionados na PMM; Negociação do pagamento da dívida junto à Macapaprev, num total aproximado de R$ 87 milhões; Aumento linear de 6,59%, para 6 mil trabalhadores, além dos professores e auxiliares da educação que receberam aumento salarial de aproximadamente 16%, sendo 7,97%, de acordo com o piso nacional da classe, mais a efetivação do pagamento dos 8% prometido e não cumprido pelo ex-prefeito.

O presidente em exercício do Sindicato dos Servidores Municipais de Macapá, Pedro Buchinha, na ocasião reconheceu o esforço da atual  gestão municipal e colocou o sindicato à disposição. “Sabemos e reconhecemos o esforço do prefeito Clécio Luís. Vamos colaborar para o bom andamento da gestão. Temos nossas reivindicações, mas também a consciência que as demandas levam um tempo para serem atendidas”, finalizou o sindicalista.



PRECARIEDADE
Enfermeiros e médicos denunciam caos no Hospital da Mulher

Conselho de Enfermagem fiscaliza maternidade e detecta situação insustentável, que vai da falta de materiais básicos a profissionais

Hospital Maternidade Mãe Luzia


José Marques Jardim

A falta de estrutura e de gestores competentes tem sido o ponto alto da Secretaria de Estado da Educação desde que o PSB assumiu o governo do Amapá em 2011. De lá para cá, ao menos cinco nomes passaram pela pasta sem grandes realizações. Dois deles, Lineu Facundes e Edilson Pereira saíram indiciados pela Polícia Civil e vão responder a processo. O mesmo aconteceu com um grupo de servidores depois de investigações feitas dentro da SESA.


Situação da HMML


A secretaria transformou-se em um barril de pólvora bem ao lado de um incêndio de problemas que consome os hospitais Alberto Lima, da Mulher e da Criança. Todos passam ultimamente por um dos piores momentos administrativos desde que começaram a funcionar. Mais uma prova disso foi dada pelo Conselho Regional de Medicina, que divulgou esta semana o resultado de uma fiscalização feita no Hospital da Mulher após receber a denúncia de que 12 bebês haviam morrido. De acordo com o presidente do Coren, Aureliano Pires, o número de mortes não foi confirmado. Dos 12 óbitos informados, apenas 2 tiveram confirmação, o que não deixa de ser problema.

A partir da ida ao hospital, o Coren enumerou uma série de irregularidades colocadas em um documento de 14 páginas que relata situações de precariedade que vão da estrutura física à falta de pessoal, segundo explicou o presidente.

Doutor Aureliano Pires, presidente COREN/AP
A primeira observação feita foi a dificuldade para o tráfego de macas para transportar pacientes em estado grave para uma média de atendimentos que chega de 70 a 80 pacientes e tem ainda um setor de observação com espaço reduzido. Outra gravidade é a falta de pessoal nos diversos setores. De acordo com o relatório do Coren, na Observação não existe ninguém, enquanto o número ideal seria de quatro profissionais. No Alto Risco trabalham dois enfermeiros, enquanto o ideal seriam 15. No Setor de Parto Normal, existem dois, enquanto ideal seriam 12. No Pós Operatório a situação é ainda pior. Dois enfermeiros atuam em uma realidade que exige 20 profissionais. O problema continua se agravando. Na UTI Neo Natal, são seis enfermeiros, mas o hospital precisaria de 33 a 39. Ainda de acordo com o Coren, a supervisão e avaliação das atividades não são r ealizadas de forma contínua, com os registros de enfermagem não sendo feitos nos horários padrão e nem assinados pelo profissional.

O Conselho de Enfermagem vai enviar relatório à Secretária de Estado da Saúde Olinda Consuelo, tratando da situação encontrada na maternidade. No prazo de 30 dias será feita outra visita para verificar se alguma providência foi tomada. Resumindo o que viu na Maternidade Mãe Luzia, o presidente do Coren disse ter sido surpreendido com algumas situações. A mais chocante delas, o mau cheiro sentido logo na entrada do hospital. “Logo ao chegar nos deparamos com aquele odor de fossa. Aquilo é um hospital. Como pode os pacientes e os funcionários ficarem respirando aquele mau cheiro?”, questionou Pires. Segundo ele, problemas graves podem surgir a partir desta situação. O caso ganhou repercussão na mídia local para logo depois ser rebatido pela secretária de saúde. Segundo ela, a morte das crianças é algo perfeitamente normal e previsto nas estatísticas.  A declaração dada por ela aos veículos de comunicação repercutiu negativamente. Consuelo foi mais além e também considerou normal o odor da fossa dentro da maternidade. Recebeu mais críticas e se calou. Na contramão, o governo anunciou as obras da Maternidade do Parto Normal sem sequer conseguir administrar a que já existe.

A precariedade também foi denunciada por médicos neonatologistas. Um documento assinado por estes profissionais dá conta da falta de equipamentos básicos e deficiência de profissionais. O primeiro item denuncia a ausência de fisioterapeutas, técnicos de enfermagem e pediatras. O segundo item é a falta de materiais essenciais e em perfeito estado de funcionamento, entre eles, sensores para monitor, aspiradores, CPAP nasal, berços, incubadoras, equipo para bombas de infusão, umidificadores e prongas para assistência respiratória, pequenos aparelho que evita o entubamento da criança. O documento também assinala falta de álcool, papel toalha e até sabão para lavar as mãos.


Hoje, segundo os médicos, a proporção de técnicos de enfermagem é de dois profissionais para cuidar de 18 a 22 crianças. Um outro problema grave são os casos de infecção. O hospital está com seis casos de infecção por Klebsiela e três por Pseudomonas. Além destes, existiriam mais infecções causadas por outros agentes infecciosos.

sO pROPAGANDA

Mutirões anunciados na saúde pelo governo não passam de fracasso







Reinaldo Coelho
Da Reportagem

A falta de equipamentos básicos e medicamentos tem transformado a estratégia de propaganda eleitoreira do governo com os mutirões da saúde em mais uma falha administrativa. Na última ação anunciada, dos 70 procedimentos operatórios previstos na área da ortopedia, apenas 25 puderam ser feitos devido à deficiência enfrentada pelos médicos. Mas a deficiência está em todas as frentes médicas por conta da falta de estrutura. Um dos exemplos é a oncologia, onde faltam médicos e medicamentos. A radioterapia, um dos procedimentos do tratamento, tem que ser feita fora do Estado. A espera dos pacientes chega a mais de sessenta dias para autorização da viagem.

Indo para o Hospital Maternidade Mãe Luzia (HMML), a situação também é precária e foi denunciada esta semana pelo Presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren/AP), Aureliano Pires. “O fator que me chamou a atenção foi durante a visita realizada, que ao entrar no hospital o primeiro impacto é um forte fedor de esgoto que exala pelo hospital, e que segundo os funcionários, vem ocorrendo há vários dias. O resultado pode ser uma infecção generalizada nos recém-nascidos e pacientes”, relatou Aureliano.

E agora governador?

Com tudo isso caindo no colo do governador Camilo Capiberibe (PSB), a equipe do “tem que se remediar o irremediável”, montou uma estratégia para tapar a visão e a fala da população. A primeira foi a ação “Governo Perto de Você”, onde a SESA acompanha equipes do PPA aos municípios fazendo consultas oftalmológicas, de clínicos gerais e pediatras, além do atendimento com dermatológicas, imunização e exames clínicos de glicemia, colesterol, HIV e aferição da pressão arterial.

Mutirão ortopédico

O enfermeiro Regiclaudo Alencar diretor do HE
A reportagem do Tribuna Amapaense esteve no Hospital de Emergências e conversou com o diretor, o enfermeiro Regiclaudo Alencar. Sobre o mutirão ortopédico ele respondeu que “o governador pediu que fosse feito o mutirão, até que a ampliação da rede física aconteça”. Segundo ele, foi a forma encontrada para amenizar a demanda das vítimas de acidentes de trânsito, que vem aumentando a cada dia. O detalhe, é que sem material não há como realizar os procedimentos. Cerca de 45 pessoas estão internadas hoje no Hospital de Emergências aguardando por cirurgia. Foram programadas no mutirão da semana passada, 70 procedimentos, mas apenas 25 puderam ser realizados.  
secretária da SESA Olinda Consuelo

Com relação à verba para o mutirão, o diretor explicou que sempre dispôs de verba, e que o procedimento para pagar os médicos funciona pelos plantões. Além da falta de equipamentos, a ausência de profissionais contribuiu para o fracasso do mutirão ortopédico. A Secretária de Estado da Saúde, Olinda Consuelo confirmou a deficiência em entrevista na mídia local. Faltaram anestesiologista e  ortopedista.

 VEJA O QUADRO DE ESPERA NO HE DE MACAPÁ





















População amapaense deve chegar a 983.304 em 2030

Joel Lima da Silva
Supervisor de Disseminação de Informações do IBGE




A população amapaense ultrapassou a marca de 700 mil habitantes em 2013 e, em 5 anos, terá superado os 800 mil habitantes.
Esse é um dos destaques da publicação “Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 2000/2060 e Projeção da População das Unidades da Federação por Sexo e Idade para o período 2000/2030”, que o IBGE disponibiliza hoje (29/8/2013) na internet.
Além da projeção da população para o país e das unidades da Federação, a publicação traz projeções da fecundidade feminina por faixa etária, da mortalidade, da esperança de vida ao nascer para o país e para as unidades da Federação e do saldo migratório (imigrantes menos emigrantes) internacional e interno, entre outros indicadores.
Observa-se, por exemplo, que a taxa de fecundidade total que, em 2000 era cerca de 3,88 filhos por mulher, em 2013 é 2,42 e, em 2030 será 1,70.


Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica.
Projeção da população do Brasil e Unidades da Federação por sexo e idade para o período 2000-2030

*  Taxa de crescimento em relação ao ano anterior
**  Refere-se à migração interestadual
***  RAZÃO DE DEPENDÊNCIA:
            TOTAL: POP 0-14 ANOS + POP 65 ANOS OU MAIS / POP 15-64 ANOS
            JOVENS: POP 0-14 ANOS / POP 15-64 ANOS
            IDOSOS: POP 65 ANOS OU MAIS / POP 15-64 ANOS
****  ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO: POP 65 ANOS OU MAIS / POP 0-14 ANOS
Os dados acima indicam ainda, que, a taxa bruta de natalidade, em números redondos, era 35‰ em 2000, é 22‰ em 2013 e será 15‰ em 2030.


Fonte: IBGE, Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica.
(gráfico elaborado na Unidade Estadual do Amapá)


Em 2030, a esperança de vida ao nascer será 76,55 anos. Praticamente 3 anos e meio a mais do que em 2013 (73,09 anos).

O índice de envelhecimento, que é o percentual de idosos sobre o total de crianças, será 3 vezes maior, em 2030 do que é em 2013. Passará dos atuais 9,05% para 29,34%.


A taxa de mortalidade infantil será 20,50‰ em 2030. Em 2013, é 23,88‰. Serão 3 crianças que deixarão de morrer antes de completar 1 ano de idade.
Regência de Classe
Professores protestam contra a incorporação


Thayana do Espírito Santo
Da Reportagem



Quatro meses depois da incorporação da regência de classe ao salário, professores reiteram que a aprovação da Lei 1742 não passou de um golpe. Em entrevista dada esta semana o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação (Sinsepeap), Aroldo Rabelo, disse mais uma vez que “o governador Camilo Capiberibe faz uso de uma manobra suja para burlar a Lei e continuar incorporando a regência de classe ao salário base. Dessa forma quem paga o piso é o trabalhador e não governo do Estado. Foi um ato covarde", disparou Rabelo.

A regência de classe para o GEA é vista como vantagem concedida para professores em exercício pleno de classe, já para os professores chega a ser uma ofensa. A execução da Lei trouxe um impacto no pagamento dos professores, incluindo o décimo terceiro salário. Passados 160 dias os protestos contra a incorporação continuam. O mais recente ocorreu no começo da semana na Praça da Bandeira.

Na internet os professores organizaram uma manifestação via Twitter que alcançou uma projeção rápida com centenas de pessoas. Na sexta (30), os educadores aderiram à paralisação nacional das centrais sindicais como forma de combater os ataques do governador Camilo Capiberibe. Na esfera municipal os professores cobram a falta de diálogo, o piso que não está sendo pago e o sucateamento das escolas. “Precisamos de melhores condições de trabalho e que a verba educacional seja usada corretamente,” disse a Diretora de Integração Municipal Maria Luiza Rocha.




CAPA DO SEGUNDO CADERNO


DONA ANA MARIA EM SUA RESIDENCIA EM UMA RESSACA

DESCASO COM A SAÚDE ALHEIA: “A GLOBALIZAÇÃO DA INDIFERENÇA”



Jamille Nascimento
Redação

A saúde dos amapaenses está sofrendo com o descaso do poder público. E o maior prejudicado é o povo carente, que não tem condições de frequentar consultórios particulares para um tratamento digno, e acabam esperando em filas intermináveis no Hospital  Alberto Lima, o único a atender as diversas especialidades clinicas no Amapá.

Outro “gargalo” da saúde Estadual é o tratamento de câncer, o Estado do Amapá não tem condições de receber pacientes com esse diagnóstico, por falta de espaço físico e de equipamentos. O Sistema Único de Saúde (SUS) está longe de conseguir suprir a metade da demanda da população. Os poucos que conseguem de alguma forma serem minimamente atendidos, as desculpas para a não realização de tratamento são várias: precariedade de médicos e de profissionais da saúde, demora nas autorizações para consultas com especialistas, falta de medicamentos na farmácia do Estado e uma série de outros problemas que poderiam ser resolvidos se os gestores responsáveis por este setor tivessem mais compromisso com a população.

Denúncia
PADRE PAULO ROBERTO FEZ A DENUNCIA

Um exemplo do descaso com a saúde do povo é o da doméstica Ana Maria Ramos da Silva, 53 anos, domiciliada em Macapá, portadora de câncer de mama. A doença foi diagnosticada em 2011 e desde então ela aguarda tratamento na rede pública para dar início ao procedimento de quimioterapia e radioterapia. “Fiz a cirurgia para a retirada de um nódulo na mama em abril de 2013 e aguardo o resultado de uma segunda biópsia para iniciar as sessões. Não faço nenhum tratamento, nem acompanhamento médico desde então. Tomo só remédios para dor” disse a paciente. Suspeita-se que o câncer generalizou para a coluna.

Drama

Em novembro de 2012 Ana Maria foi encaminhada para o HCAL (Hospital de Clínicas Alberto Lima) onde foram solicitados exames especializados, ao qual o Estado não tinha como realizar levando a doente a contar com solidariedade de amigos e familiares para custear esses exames na rede particular. Ao retornar ao Hospital Alberto Lima já com os exames  em mãos encontrou o consultório vazio, e foi informada que a médica Leda Farias, estava viajando por motivo particulares.

Ana Maria aguardou alguns meses, retornou ao consultório e foi surpreendida novamente, desta vez com um diagnóstico um pouco confuso. “A médica me disse que o resultado da minha biópsia tinha dado negativo, que eu não tinha nada com que me preocupar” relata Maria.

Mas as dores continuavam e Ana Maria resolveu refazer a biópsia. Em abril de 2013 a paciente voltou ao Hospital de Clínicas do Estado e procurou a Drª. Leda que vendo o seu estado resolveu submetê-la a um procedimento cirúrgico onde na ocasião foi retirada uma mama. “Diante da gravidade do meu caso ela resolveu me operar, já se passaram quatro meses e ainda não houve contato para realização de nenhum procedimento, pelo o que eu sinto a doença já se espalhou, ela retirou meu seio e nunca me passou um remédio, a Dr. Leda Farias afirma que meu tratamento não foi iniciado por que ainda tenho que fazer mais duas biópsias. Tenho lutado contra tudo, pois acredito que ainda tenho cura” diz Maria.

Procurada pela reportagem a médica Leda Farias, não foi encontrado na UNACON/HCAL, localizamos seu consultório particular na PróVida e  lá fomos informados de que ela se encontrava enferma, mas nos atendeu via celular e disse que conhecia o caso e a paciente, porém que a denúncia não correspondia à verdade. “Os exames apresentado foram realizados por Laboratório Particular e de acordo com eles era negativo o resultado. Comunicamos à paciente que retornou se queixando do crescimento da mama e foram realizados outros exames, no Laboratório Albuquerque, foi quando optamos pela cirurgia. Acompanhamos o pós-cirúrgico e pedimos novos exames para podermos utilizar a quimioterapia ou radioterapia e a paciente não retornou. Quero salientar que não entrei de férias e nem viajei, se prestaram essas informações foi incorreta. Estamos aguardando o retorno de Dona Ana Maria Ramos da Silva com os resultados dos exames e daremos prosseguimento ao seu tratamento” disse a médica.

Negligência

Os relatos são dramáticos e infindáveis, todos os dias crescem o número de casos de câncer no Amapá, o descaso e a incompetência por parte do poder público estão no mesmo ritmo. A maioria das vezes os pacientes buscam ajuda no vizinho estado do Pará, já que o Amapá não faz o seu dever de casa.

Obrigatoriedade de atendimento

A lei 12.732 (que obriga o SUS a oferecer tratamento a pessoas com câncer em um prazo máximo de 60 dias) é uma lei carregada de boas intenções. Mas o mesmo Parlamento que aprovou essa lei é aquele que nega ao SUS recursos para que ela seja cumprida. Dezenas de doentes já se enquadram na nova Lei, porém, o drama continua o mesmo. O que se vê, é o Governo ignorando todas as sentenças emanadas da Justiça. Para todos os cidadãos do Amapá, a Justiça só resolve casos de compra de “dipirona”. Para que todos os pacientes diagnosticados com câncer tenham o seu tratamento iniciado imediatamente, seria preciso dobrar ou triplicar a capacidade instalada, o número de leitos e centros de tratamento.

IJOMA
DONA ANA AMARIA FOI RECEBIDA PELO IJOMA

Padre Paulo Roberto da Conceição Matias de Souza, Presidente e Fundador do IJOMA, afirma: “Depois de tudo o que passamos, ao ouvir uma notícia de alguém com diagnóstico de câncer, sempre me recordo da nossa história. Falar que o SUS é ineficiente e cruel, é mais que comum e alivia a consciência dos gestores estaduais. Aliás, não apenas falar, mas qualquer um que fizer uma visita a uma emergência de hospital público, pode constatar esse fato. No mínimo, com o máximo de boa vontade,  irá se deparar com uma longa espera para o pronto atendimento. Sei que existem exceções, mas no geral, é o quadro que se vê. Vivo isso e ouço vários relatos  que colaboram com essa agonia do SUS” relatou Paulo.
Ele conclui com os olhos cheios de lágrimas: “O momento é sobre tudo de lembrança e de cobrança. E as promessas de campanha sobre a saúde? É preciso denunciar, cobrando, fazendo pressão e desconfiando todo o tempo para não deixar que nada passe sem memória. Mantendo viva a lembrança de cada promessa não cumprida, com toda atenção e vigilância para não deixar que o encanto do marketing político nos cegue eleição após eleição. Não podemos esquecer. Muitos estão morrendo” conclui Padre Paulo.







ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...