sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sobrevivente - Edmilson José dos Santos Barbosa


“Gosto mais do Amapá do que da minha terra natal”
Edmilson José dos Santos Barbosa

Abinoan Santiago
Na última reportagem da editoria “Sobrevivente” do ano de 2011, o Jornal Tribuna Amapaense entrevistou um senhor que trabalha fabricando um alimento que o amapaense não deixa faltar na sua mesa, seja na hora do almoço ou do jantar, dependendo da aptidão. Quem compra açaí no bairro Santa Rita, para ser mais específico, na Rua Professor Tostes, sabe o endereço do verdadeiro gosto da fruta, pois quem o fábrica é um senhor que há mais de doze anos trabalha nesse ramo. Edmilson José dos Santos é o homenageado da semana, um homem que gosta de trabalhar, isso não podemos negar, pois enquanto estava dando entrevista, o mesmo também pegava água para por na batedeira, assim como tirava e colocava o açaí nas panelas. Seu Barbosa, como é conhecido no bairro onde mora e trabalha (Santa Rita), tem 57 anos, nasceu num dia bom para os astros, 11 de Novembro (11) de 1954, segundo os numerólogos, quem nasce no dia 11, são pessoas de ideais e aspirações e que estão sempre em evidência, o que combinou com Barbosa. O homenageado da semana é filho do casal paraense, Martinho Barbosa (agricultor) e Maria Rosa dos Santos (dona de casa). Matrimônio que lhe deram cinco irmãos – Edailton, Darci, João, Manoel e Milton. Barbosa também construiu a sua família. Possui quatro filhos – 3 homens e 1 mulher, (Enilson, Edvanilson, Zé Maria e Andréa). O “sobrevivente” também se dedica aos seus netos com muito carinho, são eles: Catriel, Catrine, Ludmila e Vitor. 


A vinda do nosso entrevistado ao Amapá é um pouco curiosa, pois ele afirma que seus pais não tinham a pretensão de morar em Macapá: “viemos apenas para passear”. Porém como a terra Tucuju conquista, a família Barbosa fincou as suas raízes e daqui não saiu mais. Portanto há 33 anos vivem neste rincão, desde 1978.  

Trabalho
Barbosa é proprietário de uma amassadeira de açaí, que leva o sobrenome da família, ou seja, uniu o útil ao agradável, “Açaí do Barbosa”, enquanto a entrevista rolava no seu estabelecimento, os clientes não paravam de chegar para comprar o “açaí  nosso de cada dia” para o seu almoço.

Segundo Barbosa, ele adquiriu a sabedoria da fabricação do açaí com os seus pais, “meu pai já trabalhava com esse produto”, afirma. O seu genitor trabalha com açaí até hoje no Bairro do Trem (Avenida Diógenes Silva). Um dos seus filhos também chegou a trabalhar na sua amassadeira, portanto, essa tradição de fabricação de açaí é passada de geração a geração pela família Barbosa.

Antes de ser um micro empresário do ramo alimentício, o nosso entrevistado também exerceu outras funções. Chegando a viajar para o município de Laranjal do Jarí em 1978 para trabalhar três anos numa madeireira. Retornou à capital em 1981 para exercer basicamente a mesma função.

Outro serviço que Barbosa exerceu na estrada da vida foi o de taxista. Ele conta que foi um trabalho muito prazeroso, “eu gostei de rodar de táxi na praça, tanto que de vez em quando eu ainda trabalho como taxista”, frisa. Porém a sua amassadeira ainda é o seu xodó, pois de acordo com ele, a renda no final do mês é mais vantajosa.

Barbosa também está se aventurando como proprietário de restaurante. Hoje, junto com um dos seus filhos, administra o restaurante “Tudo com Açaí” ao lado da sua amassadeira.

Na finalização na entrevista, perguntamos a ele se não tem vontade voltar ao Pará, ele respondeu: “Gosto mais do Amapá do que da minha terra natal”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...