quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

ARTIGO DE MAIARA PIRES

Repórter que é repórter não sai da rua

Maiara Pires

No dia 16 de fevereiro, comemorou-se o Dia do Repórter, esta célebre profissão que nem todos os que se dizem jornalistas, conseguem de fato exercer. Esta carência de repórteres, em boa parte se deve ao comodismo que grudou como carrapato em certos seres. Ao invés de eles se apropriarem da tecnologia como uma aliada na celeridade da pauta, o que fazem é ir na ‘onda’ do “repassado de outro grupo” nos WhatsApps da vida.

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O que tem de jornalista repassando informação seja de boca a boca ou por aplicativos de mensagens sem checar, é brincadeira! Perdeu-se o princípio básico de apurar tudo o que chega aos ouvidos. Como se não bastasse isso, ainda tem aqueles que querem disputar audiência com o internauta nas redes sociais.

Deixa eu te falar: se você sair um pouquinho do ar refrigerado da redação, vai perceber muita coisa acontecendo fora da internet. Tu não precisarás te ater a uma pauta gerada nas redes sociais, tá?! Aí, não precisarás ficar com aquela sensação de que perdeu para o internauta que deu a notícia primeiro que você. A diferença entre vocês dois, é que você não está ou não deveria estar no automático porque o (a) senhor (a) irá processar a informação antes de publicá-la.

Repórter é pra quem tem o instinto da apuração. Se tu não tens este senso, nem te habilita. Tu não és papagaio pra repetir o que falaram pra ti. Sabe aquele computador que precisa processar o comando operacional pra poder funcionar? Pois é. É mais ou menos assim que deve acontecer com o repórter. Ele ouve a informação, checa com o outro lado, liga os pontos e conecta no cerne da questão.

Mas, para desenvolver esta habilidade é necessário sair do casulo e ‘bater perna’ na rua. Pegar a luneta do ceticismo e olhar clinicamente para descobrir o que tem nas entrelinhas do acontecido. A curiosidade sempre será uma eterna aliada neste processo. Não deixa ela dormir, senão tu vais passar batido.

Para de bater palma pra quem tem obrigação de fazer e se vista de cidadão. Vai lá na barba da ‘otoridade’ e mete o corpo inteiro onde tu não fostes chamado. Porque se tu não foste chamado, é porque não querem que o povo saiba. Então, te manda pra rua. Porque é lá que é o teu lugar.
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