sábado, 27 de fevereiro de 2016
Editorial
Começou o ano da “mentira” política.
“Ao
votar, a primeira recomendação é ter calma. Eleição é assunto sério, o voto é
um ato de cidadania importante e precisa ser muito bem pensado, analisado. Além
do mais, votar não é apenas escolher um candidato, colocar o voto na urna e
pronto, acabou. Quando você vota, escolhe alguém que, se eleito, deverá
representar todos os seus eleitores”. (Herbert
de Souza, o Betinho, no prefácio do livro “Como não ser enganado nas eleições”.
Um festival de mentiras começa a tomar conta da política.
Obras desvirtuadas, mentiras cada vez mais cabulosas e tudo para tentar enganar
o eleitor em ano eleitoral.
Candidatos e políticos fazem
uso constante e sistemático de mentiras e informações falsas, enganosas e
deturpadas no intuito de enganar ou iludir o eleitorado e auferir vantagem
eleitoral que não teriam se as informações verdadeiras fossem veiculadas.
Por isso, criar uma lei que
coíba e puna políticos que deliberadamente mintam para esconder fato que
comprometa sua atuação ou de seu partido e aliados ou mintam no intuito de
prejudicar outros políticos e partidos e com isso influenciar negativamente o
povo, iludindo-o e mantendo-o no erro.
Em Macapá, a cidade-estado e
capital do Amapá, a atual administração vem tentando usar dessas artimanhas
para conseguir se reeleger. Porém, a realidade nua e crua está a disposição do
eleitor e só andar nos quatro cantos da
cidade é possível ver o descaso que a
atual gestão administrativa tem tratado os munícipes, bairros ilhados, infraestrutura de baixa
qualidade, recape recém colocados , abrindo enormes buracos.
É claro que neste ano
eleitoral e na tentativa de não largar a prefeitura o prefeito vai fazer tudo
que podia ter feito em 2015, ai sim veremos ruas asfaltadas, e problemas
momentaneamente e parcialmente resolvidos, e mais uma vez a população
enganada, pode até votar naqueles
governantes que só pensaram em si mesmos por 8 anos.
O que resta aos cidadãos de
bem e conscientes é esperar e manter a esperança de que poderemos eleger mais
uma vez alguém que cumpra o que promete e que os vereadores eleitos realmente
fiscalizem o prefeito e cobrem a favor do povo e não dos seus bolsos e que
muita gente já sabe, mas não quer enxergar.
“Você sabe que um candidato é mentiroso e
tenta enganá-lo quando:- 1- Tem soluções para todos os problemas e, pior,
tentar provar que há recursos e que é possível resolvê-los todos se for eleito;
2- Diz que vai realizar mais obras e prestar mais serviços (aumentar mais as
despesas) e, ao mesmo tempo, afirma que vai reduzir os impostos, ou mesmo que não
vai aumentá-los; 3- Gasta mais tempo em criticar os adversários e as propostas
deles do que na defesa de suas próprias idéias”. (Ronald Kuntz, especialista em
Marketing Político, em artigo constante do livro “Como não ser enganado nas
eleições”; seu artigo tem 16 orientações sobre políticos mentirosos e
informações importantes para o eleitor entender e analisar imagens e atitudes
desses mesmos políticos).
Artigo do Velleda COLUNA CISMANDO
A Terra em transição...
O homem vive preocupado com as técnicas, com os
prazeres, as emoções mundanas e esquece os valores morais. Já mencionei isso em
outros artigos, mas volto a insistir pois os mais de sete bilhões de seres
reencarnados simultaneamente, disputando uma oportunidade para evoluir, se
perdem na ganância, aos prazeres dos sentidos físicos, à conquista de espaço de
qualquer maneira, abrindo cada vez as chances para a crescente violência e
desordem.
Conhecimento da ciência, avanços tecnológicos em todas
as áreas, na conturbada realidade do mundo, acumulam dificuldades e desastres
que serão sofridas pelas novas gerações.
Comecei a ler a terceira obra ditada pelo esírito
Bezerra de Menezes e psicografada pelo medium e conferencista espírita Divaldo
Franco, que trata da transição vivida por nosso planeta que está passando de
"mundo de expiação e provas" para "mundo de regeneração".
Bezerra de Menezes diz que os indivíduos parecem
anestesiados em relação aos tesouros da alma, com as exceções compreensíveis.
Felizmente, o fim do mundo de que falam as profecias refere-se àquele de
natureza moral, com a ocorrência natural de sucessos trágicos que arrebatarão
comunidades, facultando a renovação, que a ausência do amor não consegue lograr
como seria de desejar. Esses fenômenos não se encontram programados para tal ou
qual período, num fatalismo aterrador como muitos que ignoram a extensão do
amor de Nosso Pai divulgam, mas para um largo período de transformações,
adaptações, acontecimentos favoráveis à vigência da ordem e da solidariedade
entre todos os seres. É compreensível, portanto, que a ocorrência mais grave
esteja, de certo modo, a depender do livre-arbítrio das próprias criaturas
humanas, cuja conduta poderá apressar ou retardar a sua constituição,
suavizando-a ou agravando-a.
Segundo ele, se as mentes, ao invés do egoísmo, da
insensatez e da perversidade, emitissem ondas de bondade e de compaixão, de
amor e de misericórdia, certamente o panorama na Terra seria outro. Louvar e
agradecer ao Senhor do Universo pela glória da vida que nos é concedida e
suplicar-Lhe auxílio para sermos fiéis aos postulados do pensamento de Jesus,
nosso Mestre e Guia, constituem deveres nossos em todos os momentos.
Se analizarmos mais amiudimente a situação atual em
que vivemos, veremos que os últimos acontecimentos, como desastres ecológicos,
catástrofes, e outros que alcançam coletividades inteiras, com grande número de
desencarnes, têm fomentado o interesse por esta mudança de condição da terra.
Claro que é preciso que se diga que tais acontecimentos, naturalmente
associados à transição em curso, ocorre, segundo a Doutrina Espírita, porque os
mundos também precisam evoluir, capacitando-se a receber as humanidades que
também se renovam na sua caminhada evolutiva.
As transformações que esta geração assiste, portanto,
fazem parte desse processo, que elevará a Terra a um grau superior no concerto
dos mundos, daí resultando melhor
ambiente físico, moral e espiritual, para que nela possa habitar essa
humanidade renovada.
Já dizia Allan Kardec: "Para que na Terra
sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons,
encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o
tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal
pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos
do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de
novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar
o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças
terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos daquela ordem, aos quais
levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las
avançar. Substituí-los-ão Espíritos melhores, que farão reinar em seu seio a
justiça, a paz e a fraternidade".
O tema empolga, sem dúvida, por isso convido o nobre
leitor que adquira esta terceira obra de Divaldo Franco, disponível na livraria
da Federação Espírita do Amapá. Adquira-o, assim como as duas primeiras obras
sobre este assunto e, boa leitura.
Nas garras do felino
Nas garras do felino
Na contra mão
Todas as autoridades importantes para
cuidar dos interesses do Amapá na Suframa com relação a Zona Franca Verde
viajaram para Manaus para participar da reunião do CAS, só o Senador Capiberibe
(PSB) ficou discutindo o assunto aqui. Totalmente fora de contexto.
PR tem novo Cacique
Vinicius Gurgel (PR) é hoje um dos
políticos mais influentes no Amapá. Sua última foi o Abdon, que se elegeu com
substancial ajuda do clã dos Gurgel.
Aline Gurgel
A vereadora e presidente do PRB,
Aline Gurgel, candidatíssima a PMM terá uma coalizão de no mínimo de
cinco partidos. PP, PR, PMB e PRP isso lhe dá muita densidade eleitoral e
tempo de TV. É à força da Mulher.
Garoto propaganda
O Senador da Rede Sustentável do
Amapá, Randolfe Rodrigues mais parece um garoto propaganda do site Congresso em
Foco, porque no Amapá sua aceitação é do tamanho de sua atuação como Senador.
Pífia.
Erro no EIA/RIMA?
A mortandade de peixe provocada pela
Hidroelétrica Cachoeira Caldeirão agora tem um novo capítulo. A falta de janela
na barragem para que os peixes subam o rio no período da piracema e possam
fazer a desova na cabeceira do rio. Assim é para acabar. Com a palavra o
economista Chelala.
Maniqueísmo
A atitude dos governos Camilo e
Waldez contra as merendeiras e serventes denota a diferença entre os dois.
Camilo assinou o TAC propondo a demissão desses 3.700 país e mães de família,
Waldez ajuizou ação defendendo a permanência dos mesmos. O bem venceu o mal.
Mentiroso
O deputado Kaká Barbosa tem se
notabilizado em mentir. Sua palavra não vale absolutamente nada. O que promete
não se escreve. Dizem que não é a toa que responde inúmeros processos por
improbidade administrativa. Deus tem os seus e o Diabo e o Kaka tem os dele.
Na boca do povo
A frase “Frente de igreja, fundo de
cabaré, isso aqui é uma suruba”, dita pelo deputado Vinícius Gurgel (PR), no
conselho de ética da câmara federal,pode ter soado mal, mas reflete
fidedignamente o pensamento do cidadão comum do Brasil.
UDE’s
UDE’s
Governo reverte decisão que previa demissão de 2 mil
trabalhadores
Da Editoria
O governo do Amapá informou
que conseguiu junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) a nulidade do Termo
de Ajuste de Conduta (TAC) firmado em 2013 que previa a demissão de até dois
mil trabalhadores que estariam atuando em situação irregular em escolas
estaduais.
Todos os funcionários
estariam vinculados às Unidades de Descentralização de Execução (UDE), que
gerencia cargos, como de vigilante, merendeira, servente, auxiliar de serviços
e operador de piscina.
No dia 1º de fevereiro de
2016 o governo tinha iniciado o desligamento dos profissionais exonerando 50
trabalhadores. O governo informou que eles serão recontratados.
A decisão de demitir os
servidores era da 5ª Vara da Justiça do Trabalho e tinha como base uma ação do
Ministério Público do Trabalho (MPT), que calculou a existência de dois mil
trabalhadores em “situação irregular dentro dos caixas escolares no Amapá”.
Para o MPT, os cargos deveriam ser ocupados por aprovados em concursos
públicos.
Em 2013, o governo do Amapá
firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPT para abster-se de
contratar para o caixa escolar e UDE e exonerar quem ocupava os cargos.
A Procuradoria-Geral do
Estado (PGE) atuou na reversão do caso durante audiência na quarta-feira (24)
no TRT em Belém, no Pará.
Ainda de acordo com o
governo "nulidade é fruto do agravo de petição" protocolado pela
procuradoria. Além disso, o estado teria evitado o pagamento da multa de R$ 22
milhões estabelecida em caso de descumprimento do TAC.
Demissão
O impasse na demissão dos
trabalhadores terceirizados da educação se arrasta por mais de dois anos.
Em 2013, o governo do Amapá
firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPT para abster-se de
contratar para o caixa escolar e UDE e exonerar quem ocupava os cargos.
O Ministério Público do
Trabalho entende que o governo do Amapá deve nomear servidores públicos
concursados para os cargos, com exceção dos cargos em comissão.
Segundo a decisão da Justiça
do Trabalho, o governo teria descumprido os acordos assinados no TAC.
Seis meses após a assinatura
do documento em 2013, o MPT deu um prazo de mais 180 dias para o governo
cumprir com as exigências e ainda requereu o pagamento do saldo dos salários e
do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), “referentes ao período dos
contratos de trabalho”. Os itens, segundo o MPT, foram mais uma vez
descumpridos.
Depois de esgotado o prazo,
o Ministério Público pediu à Justiça a execução do TAC por parte do governo do
Amapá e o reconhecimento de uma dívida de R$ 22,8 milhões resultante da falta
de cumprimento dos itens do documento.
ESPECIAL
Desperdício COM
IMPROVISOS, CLÉCIO JOGA DINHEIRO FORA.
Reinaldo Coelho
De improviso em improviso Macapá vem ganhando situações que apenas se
complicarão no futuro e, como exemplo, temos a Feira do Caranguejo e do Camarão que funciona de maneira improvisada no
entorno dos tapumes da obra do shopping popular (paralisada) que, aliás, virou
um excelente criadouro para o mosquito aedes aegypit.
E aproveitando-se do ano eleitoral, o prefeito de Macapá, Clécio Luís
(sem partido), resolveu realizar uma maquiagem imperfeita, com material de
segunda, esteticamente horrível e que não atende as necessidades dos feirantes,
pois os “boxes” em madeira são tão pequenos que mal recebem um paneiro de
camarão.
A estrutura dos 40 boxes, que está sendo construída pela prefeitura da
capital, é provisória e de madeira, e o local insalubre, sem condições
higiênicas. Por certo terá pouco tempo de garantia e vai custar aos cofres
públicos mais de R$ 110 mil, sem falar que o prefeito vem alegando falta de
recursos nos cofres do município.
Este jogo cênico e de improvisos, espertamente
arquitetado pela equipe do prefeito de Macapá, Clécio Luís, que está
pressionado por iniciar o último ano de seu mandato com apenas 7,5% das
promessas de campanha cumpridas, passou a adotar o improviso como forma de
melhorar o índice de execução dos compromissos firmados na campanha e conseguir
uma improvável e quase impossível reeleição.
Vereador denuncia
Para o vereador Auciney Maciel (PTB) que usou sua página em rede social
para denunciar que o prefeito de Macapá, o sem partido Clécio Luís, declarou
que em vez de iniciar a construção do shopping popular está construindo uma
estrutura temporária na Feira do Caranguejo no centro comercial da capital. O
parlamentar disse que falta mais visão por parte dp executivo municial “para
que o dinheiro público seja empregado devidamente, sem que haja esse indesejado
e corriqueiro desperdício”.
“Serão gastos R$ 110 mil com a
construção de uma estrutura temporária na Feira do Caranguejo. É inviável para
a Prefeitura Municipal de Macapá gastar este dinheiro com algo que será
demolido posteriormente”.
Continuando, o vereador demonstra a sua perplexidade com a situação. “Ninguém sabe ao certo por quanto tempo os
novos e mal feitos boxes ficarão improvisados ali. O que sabemos é que, com
este recurso, poderiam ser construídos boxes permanentes em outro local. Seria
uma alternativa mais viável para a prefeitura que, ao mesmo tempo, estaria
garantindo uma estrutura mais adequada para os feirantes trabalharem”,
questiona Auciney.
A prefeitura justificou que a obra é para melhorar provisoriamente o
trabalho dos feirantes, mas não quis comentar sobre as afirmações do vereador.
Ora, porque não admitir os erros, a inoperância administrativa neste quase
3 anos e meio de governo? Na certa iria o prefeito, atribuir grande parte deles
à gestão anterior e ao governo do Estado. Porque não apertar mais nas suas
avaliações e verificar onde está o problema?
Quando era vereador, Clécio se adiantava em criticar, cobrar as
incompetências administrativas dos gestores, chegou até a criticar o prefeito
anterior de ter jogado fora o dinheiro público com obras para os feirantes.
E mais, o prédio do Hospital Metropolitano, na Zona Norte de Macapá, que
se transformou em um dos inúmeros elefantes brancos que fazem parte do cenário
de abandono do governo Clécio. Mesmo com dinheiro na conta, ainda não tem data
para retomar a obra que está parada desde 2012, último ano da gestão do
ex-prefeito Roberto Góes (PDT). Mesmo com os postos de saúde da capital com
vários problemas, o prefeito não priorizou a retomada da obra e alega que o
município precisa de mais recursos. E olha que o seu aliado, o senador Randolfe
Rodrigues, disponibilizou emendas parlamentares para destinar recursos ao
Estado e ao município, e até hoje não conseguiu liberar dinheiro junto ao
Governo Federal para garantir investimentos na nova unidade de saúde, que
desafogaria o setor de saúde na capital. A conclusão da obra do Hospital
Metropolitano foi uma das principais promessas de campanha de Clécio.
Afinal, onde estão as promessas de campanha? O asfalto de qualidade, a
solução para a saúde, a melhoria na educação, as oportunidades de emprego, a
melhoria na qualidade de vida dos macapaenses... e ainda, os investimentos nos
serviços de limpeza, retirada de entulhos, terraplanagem e asfaltamento de ruas
e avenidas de Macapá, principalmente nos bairros mais afastados do centro da
cidade... Tudo apenas para ludibriar o povo e alcançar o poder. Na certa, em
mais um ano eleitoral, em mais uma corrida a reeleição, as soluções deverão
aparecer, pena que, outra vez, em forma de fantasiosas promessas.
Zona Franca Verde
Zona Franca Verde
Governador Waldez Góes participa do CAS da Suframa
Governo do Amapá e Suframa definem critérios para o pólo
industrial da Zona Franca Verde no Estado.
Arieli
Martins
Ascom/GEA
Conselho Administrativo da
Suframa deve decidir as regras de instalação das empresas na área de
abrangência da ZFV e os critérios sobre os tipos de produtos oriundos da
biodiversidade amapaense.
Uma comitiva liderada pelo
governador amapaense, Waldez Góes, foi a Manaus (AM) na sexta-feira (26), para
definir, juntamente com o Conselho Administrativo da Suframa (CAS), os
critérios que vão regularizar o funcionamento da Zona Franca Verde (ZFV) –
corredor econômico que vai permitir a instalação de indústrias para a
fabricação de produtos com matéria-prima regional das Áreas de Livre Comércio
(ALCs) gerenciadas pela Suframa, entre elas a de Macapá e Santana, no Amapá.
A reunião ocorreu na sede da Suframa,
na capital amazonense. Será o segundo encontro desde que a presidente Dilma
Rousseff assinou o decreto de criação e regulamentação, em dezembro de 2015.
Regras ZFV
O CAS decidiu as regras de
instalação das empresas na área de abrangência da ZFV e os critérios sobre os
tipos de produtos (de origem animal, vegetal, mineral) da biodiversidade
amapaense. Essas normas vão compor o Processo Produtivo Básico (PPB), marco
legal que estabelece os parâmetros de funcionamento da ZFV – tanto para as
empresas, quanto para os produtos.
“Nós vamos desenhar, econômica
e politicamente, a linha econômica que será apoiada pela comitiva amapaense
para consumar a regulamentação da ZFV. Queremos que abranja o máximo de cadeias
produtivas possíveis”, resumiu o governador.
Além de Macapá e Santana, o
decreto presidencial oficializa a ZFV em outras seis ALCs: Tabatinga (AM),
Guajará-Mirim (RO), Brasiléia/Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul (AC), Boa Vista
e Bonfim (RR).
Encontro preparatório
Na quinta-feira (25), técnicos
da Suframa e de todas as sete ALCs se reuniram para debater e chegar a um
consenso para definir o valor percentual de uma determinada matéria-prima de
origem regional que um produto industrializado deverá ter para que ele se
enquadre nos benefícios oferecidos pela ZFV.
“Por exemplo: se uma indústria
quer fabricar um sabonete utilizando, entre outros componentes, a copaíba, que
é matéria-prima da biodiversidade do Amapá, qual a quantidade mínima de copaíba
neste produto para que a fabricante receba os benefícios propostos na ZFV? São
questões como esta que definimos nesta prévia para o encontro de amanhã”,
explicou o secretário de Ciência e Tecnologia do Amapá, Robério Aleixo.
As propostas foram apresentadas
e votadas pelo CAS, do qual o governador Waldez Góes teve assento durante o
evento.
“Meus amigos, hoje o Amapá
começa uma nova era, foi aprovado a regulamentação de nossa ZFV, nosso governo
está de parabéns. Divulguem como uma vitória do nosso time, os que querem ver o
nosso Estado desenvolvido e livre do intervencionismo do ócio, de mediocridade
e da hipocrisia”, declarou o
governador.
Cenário econômico
A ZFV começou a ser
regulamentada com a sanção pela presidente Dilma Rousseff, no dia 18 de
dezembro de 2015. Com o principal atrativo da isenção fiscal do Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI), o projeto compreende um espaço econômico que
permite a instalação de indústrias para a fabricação de produtos com
matéria-prima (de origem animal, vegetal e mineral) da biodiversidade
amapaense.
A partir desta nova realidade,
o Amapá começa a preparar terreno para a chegada dos grandes empreendimentos,
que devem movimentar e desenvolver a economia do Estado. O governo já iniciou o
planejamento para oferecer um cenário estruturalmente preparado para
implantação de pólos e parques industriais.
Segundo Waldez Góes, energia
elétrica, comunicação e investimento em infraestrutura da malha rodoviária são
os principais recursos que o Estado precisa investir para garantir a vinda das
indústrias. De acordo com ele, nestes aspectos, o Amapá está bem encaminhado,
já que o Estado atualmente é conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e
possui três usinas hidrelétricas, duas delas em plena atividade. Na
infraestrutura, há um ritmo intenso das obras do Plano Rodoviário e de
Mobilidade Urbana, que são executados com recursos do Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Sustentável (BNDES).
Mas o governo também sabe que o
Estado precisa avançar na infraestrutura portuária. Entre essas providências
estão as demandas para modernizar o Porto de Santana. O governo quer
autorização para abertura do capital da Companhia Docas de Santana, renovação
por mais 25 anos da concessão do porto, redefinição da poligonal, e liberação
de recursos financeiros para realização de estudos técnico e científico na
Barra Norte e Barra Sul do Rio Amazonas, que permitirão ao porto de Santana
receber navios com maior capacidade de carga.
Os recursos que o Amapá precisa
podem advir do Plano de Investimento em Logística (PIL), lançado em junho de
2015 pelo governo federal. O mecanismo objetiva aumentar a capacidade portuária
do país, que atualmente usa 63% do seu potencial, segundo a Secretaria dos
Portos. O PIL dispõe de R$ 198,4 bilhões em infraestrutura para o país em 2016
e para os próximos anos. Só para o setor portuário, o investimento previsto é
de R$ 37,4 bilhões.
Há ainda outras políticas
implementadas pelo governo e que se enquadram no ambiente econômico criado a
partir da ZFV. Entre elas está o edital de concessões florestais. Lançado em
dezembro, ele vai permitir a extração sustentável do potencial madeireiro do
Estado pela iniciativa privada.
Essas concessões florestais
constituem atrativo para indústrias moveleiras, por exemplo. Com a ZFV, uma
empresa que use a madeira como matéria-prima se beneficiará dos incentivos fiscais.
Em contrapartida, o funcionamento deste empreendimento vai abrir oportunidades
de emprego para a mão de obra local.
Como os produtos
industrializados na ZFV tendem a ser mais baratos, o comércio amapaense também
pode se beneficiar, pois as lojas de móveis, por exemplo, ficariam mais
estimuladas a aumentar o estoque. Este ciclo compreende uma cadeia de geração
de postos de trabalho e serviços, que naturalmente aumentariam a arrecadação do
Estado – o que significa mais recursos para investimentos em áreas como Saúde,
Educação e Segurança Pública.
Para exemplificar o potencial
que o incentivo da ZFV traz ao Amapá, existem centenas de produtos
industrializados derivados do petróleo. Eles vão desde o combustível à lixa de
unha. E é exatamente desta variedade de fábricas que podem vir a compor o
parque industrial do Amapá que os pequenos empreendedores podem tirar proveito.
II Fórum Mulher em Destaque
Homenageia 100
amapaenses
Reinaldo Coelho
Da Reportagem
O Partido Republicano Brasileiro
(PRB), instituiu a realização de um Fórum Mulher em Destaque para que as
mulheres se insiram e tenham liderança dentro do partido. O presidente nacional
do partido, Marcos Pereira destaca que a participação da mulher não é uma cota,
mas sim uma regra. O líder republicano acredita no potencial feminino e que a
mulher pode contribuir muito com a política.
No Amapá foi realizado a segunda edição do Fórum Mulher em Destaque
homenageou 100 mulheres que se destacaram em diferentes segmentos profissionais
durante o ano de 2015. O evento é uma realização do Partido Republicano
Brasileiro (PRB) através da Presidente no Amapá, vereadora Aline Gurgel e
aconteceu no Amapá Garden Shopping, na última sexta-feira (26).
Aline Gurgel, presidente do PRB/AP
informou que foram escolhidas mulheres ativas em diversos setores da sociedade
e que desenvolvem projetos importantes para o avanço social. "Estamos
felizes em proporcionar esse evento grandioso e quero aqui parabenizar todas
essas guerreiras", disse a vereadora.
Premiação
As mulheres serão homenageadas com o
Prêmio Mulher em Destaque, que é um troféu que tem o objetivo de reconhecer as
mulheres da sociedade que marcaram história ou, através de seu trabalho e vida,
são reconhecidas como exemplos a serem seguidos. "Um dos objetivos é
também apresentar o talento profissional dessas mulheres, que cada vez mais
galgam espaços na sociedade, ressaltando sua garra, talento e
determinação", disse a vereadora.
VEREADORA ALINE GURGEL, PRESIDENTE REGIONAL DO PRB AMAPÁ |
O presidente nacional do PRB,
Marcos Pereira, esteve em Macapá especialmente para participar do evento e dar
posse oficial à vereadora Aline Gurgel como presidente estadual do PRB.
“O PRB é um partido de oportunidades
e quer fazer uma política mais justa com a participação do público feminino”, destaca
a presidente Aline Gurgel
A afirmação da presidente do PRB Amapá,
aponta a dificuldade dos partidos políticos indicarem mulheres para compor suas
executivas, bem como para disputar cargos eletivos e comandar pastas no
executivo, em âmbito nacional. Ela lamenta que muitas agremiações, ainda, têm a
mulher como uma cota. “É raro um partido político colocar uma mulher à frente
da gestão de um partido no Estado. O presidente Marcos Pereira fez.
Por isso eu digo: o PRB é um partido de oportunidades!”, completa.
Presidente do PRB, Marcos Pereira |
Marcos Pereira explicou que no PRB a
participação da mulher não é uma cota, mas sim uma regra. O líder republicano
acredita no potencial feminino e que a mulher pode contribuir muito com a
política. “A mulher tem seus valores pessoais e intrínsecos à natureza
feminina. Portanto, no PRB ela não é uma cota e, desde que assumi, eu disse que
ela não seria uma cota, assim como prevê a legislação eleitoral. A mulher pode
e muito contribuir com a política ecoando a bandeira do resgate da boa
política”, aponta Pereira.
Durante o Fórum vai acontecer uma
palestra motivacional com a psicóloga Cristina Hann, que dará palestra com o
tema: “Muito prazer! Eu sou mulher e sei fazer política”. Também acontece uma
feira cultural com demonstração de trabalhos de artesãos amapaenses.
Marcos Pereira PRB NACIONAL em reunião com os pre-candidatos do Amapá |
Em café com pré-candidatos do Amapá, Marcos Pereira
fala das metas do PRB
O advogado e presidente
nacional do PRB, Marcos Pereira, reuniu-se na última quinta-feira (25) com
pré-candidatos a prefeito e vereador do partido no Amapá. Ele foi recepcionado
no aeroporto de Macapá pela vereadora Aline Gurgel e seguiu para o encontro com
os republicanos.
Pereira fez um retrospecto
da história do PRB e do crescimento do partido ao longo das eleições, falou das
metas no Brasil e pediu que o Amapá se empenhe em eleger prefeitos e
vereadores. Dos 16 municípios do estado, o PRB deve ter candidatos majoritários
nos cinco maiores.
O partido está presente em
todos os municípios amapaense e tem
cerca de 3.500 filiados. Além da eleição de prefeitos, Aline tem como meta
eleger vereadores em todo o Estado.
O sucesso do PRB no Amapá em
2014 repercutiu no Brasil. O partido elegeu quatro deputados estaduais, a mesma
quantidade que em São Paulo, e um federal. Esse resultado, disse Pereira, prova
que é possível construir candidaturas competitivas neste ano.
O evento reuniu ainda
presidentes estaduais e pré-candidatos de outros partidos, como o PMB, PP, PSL,
PRTB e SDD, a maioria composta por mulheres. Esses partidos tendem a caminhar
juntos na construção de uma proposta para a capital. Pereira sugeriu Aline como
candidata a prefeita.
Participaram do café os
deputados estaduais Pastor Oliveira (PRB) e Luciana Gurgel (PHS).
Artigo do Gato
“Dormia assustado e acordava
preocupado”
Essa foi uma frase definidora do
“calvário” pelo qual passavam serventes e merendeiras do caixa Escolar e
Unidade Descentralizada de Educação. Essa “via crúcis” iniciada em 2013 quando
o Ministério Público do Trabalho (MPT), juntamente como governador da época,
Camilo Capiberibe assinaram o fatídico Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
onde, um (MPT) obrigava e o outro (GEA) concordava em mandar 3.700 pais e mães de
família “pro olho da rua” sem direito a nada.
Antônio Carlos, um homem moreno, de
estatura baixa, voz mansa e pausada, porém guerreiro, juntamente com seus
companheiros de sindicalismo travou uma luta renhida pelos direitos deles.
“Durmo assustado e acordo preocupado”. Essa frase ele cunhou no meu coração ao
me dar uma entrevista em 2013 na TV Tucujú. Dizendo assustado com a indiferença
de um governador que se mostrava insensível diante da possibilidade de tantos
pais e mães de família perder a condição de sustentar honestamente suas famílias.
Crueza e uma injustiça para com aquelas pessoas que deram suor e sangue na
faina diária preparando o ambiente para os nossos filhos estudarem e lancharem
numa escola higienizada.
O pior de tudo, uma situação ilegal e
imoral proposta pelo MPT o governador Camilo Capiberibe, sem consultar, creio
eu, sua assessoria jurídica corroborou com a decisão teratológica e semeou o
terror em pessoas humildes, que tiveram a única tábua de salvação um homem
simples, porém arrojado que é esse Antônio Carlos. Travaram uma luta em busca
do direito deles.
Essa luta solitária ganhou uma
aliada. A deputada Marília Góes (PDT). Ela se sensibilizou com a causa e em
2015 provocou uma audiência pública com todos os atores envolvidos no fato e propôs
encontrar uma saída para a questão. O governo do Estado, através da sua
Procuradoria ajuizou uma ação, que na linguagem jurídica se apelida de “Agravo
de Petição” e conseguiram convencer os desembargadores da 3ª Turma do Egrégio
Tribunal Regional do Trabalho da Oitava Região de que as exigências e a multa
que determinava a demissão desses trabalhadores eram ilegítimas, ilegal e a
tornou sem efeito.
Senhores e senhoras. Como não
comemorar. Como não provocar na gente uma sensação gostosa de que ainda existe
solidariedade. De que alguém se preocupa com a vida do alheio. Não seria melhor
e mais fácil para o insensível deixar o fato seguir o desiderato do cadafalso.
E daí que essa gente vai pra rua? E daí se vai pra rua sem direito? O que eu
tenho a ver com isso? Poderia pensar Waldez Góes, Marília, Procurador Nason
Galeno e o governo como um todo, mas a injustiça não é a marca da Marília e do
Waldez. Parabéns ao Antônio Carlos e todos que acreditaram nessa luta, aos
desembargadores do TRT da 8ª Região que só vislumbraram o direito e, esses pais
de família que voltaram pra casa com a alto estima e dignidade reposta.
IJOMA
Novo tratamento contra câncer nos EUA dá
esperança a pacientes terminais de leucemia
Testes
de um novo tratamento genético contra o câncer, que teoricamente
"treina" o sistema imunológico do organismo a combater o tumor,
apresentaram resultados extremamente animadores: 90% dos pacientes em estado
terminal entraram em remissão após a terapia, de acordo com cientistas nos
Estados Unidos.
Os resultados foram
anunciados na segunda-feira, durante o encontro anual da Associação Americana
para o Progresso da Ciência, em Washington.
O novo tratamento
consiste na modificação genética de glóbulos brancos de pacientes com leucemia.
As células modificadas para combater o câncer depois são reimplantadas em seus
organismos.
No entanto, os dados dos
testes ainda não foram publicados ou analisados de forma independente. E
acredita-se que dois pacientes tenham morrido em decorrência de uma resposta
imunológica extrema de seus organismos.
Para especialistas, os
resultados são animadores, mas por enquanto apenas um pequeno passo em direção
a uma cura para o câncer.
O cientista à frente do
novo tratamento, Stanley Riddell, do Centro Fred Hutchinson de Pesquisas sobre
o Câncer, em Seattle, disse que todos os outros tratamentos disponíveis tinham
fracassado nos pacientes terminais e que eles tinham sobrevidas estimadas em
dois a cinco meses.
"Os preliminares (do
estudo) são sem precedentes", disse Riddell à BBC.
A nova proposta de
terapia envolveu a retirada de células do sistema imunológico de dezenas de
pacientes. Conhecidas como t-cells, elas têm a função normal de destruir tecido
infectado. Os cientistas modificaram geneticamente as células para que elas
passassem a atacar células "doentes".
"Os pacientes
estavam realmente no fim da linha em termos de opção de tratamento, mas uma
simples dose dessa terapia pôs mais de 90% desses pacientes em remissão
completa - não conseguíamos mais detectar (neles) as células com
leucemia", disse Ridell à BBC.
No entanto, sete
pacientes desenvolveram síndrome de liberação de citocinas - uma reposta
exagerada do sistema imunológico - e precisaram de terapia intensiva. Dois
morreram.
Se essas taxas podem ser
aceitáveis para pacientes em estado terminal, os efeitos colaterais da nova
terapia - por exemplo, a síndrome de liberação de citocinas - mostram-se bem
mais fortes que o de tratamentos convencionais, como a quimioterapia e
radioterapia, que funcionam na maioria dos pacientes.
Especialistas alertam
também para a diferença entre doenças como a leucemia e tipos de câncer com
tumores "sólidos", como o de mama.
"Este tratamento
mostrou resultados promissores no tratamento desse tipo de câncer de sangue. Na
maioria dos casos, o tratamento convencional é bastante efetivo, então essa
nova terapia seria para os casos raros de pacientes em que o tratamento não
funcionou", disse Alan Worlsey, pesquisador do centro britânico Cancer
Research UK.
"O grande desafio
agora é descobrir como fazemos esse tratamento funcionar para outros tipo de
câncer".
ECONOMIA
As mulheres e o envelhecimento populacional no Brasil.
José Eustáquio Diniz Alves
"As estimativas das projeções
populacionais do IBGE (revisão 2013) confirmam o processo de
feminização do envelhecimento. Para 2060, o IBGE estima um contingente de 33
milhões de homens idosos e 40,6 milhões de mulheres idosas, com superávit
feminino de 7,6 milhões de mulheres", escreve José Eustáquio Diniz Alvez, doutor em demografia e
professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e
Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 20-01-2016.
Eis o artigo.
O Brasil está passando por uma grande
mudança na estrutura etária. A cada ano cresce o número de pessoas com mais de
60 anos de idade e aumenta a proporção de pessoas idosas sobre a população total. Em
1950 havia 2,6 milhões de idosos, representando 4,9% da população brasileira.
No ano 2000 havia 14,2 milhões de idosos (8,1% da população). No ano 2040, o
número de pessoas idosas deve chegar ao montante de 54,2 milhões, alcançando
23,6% da população total do Brasil, segundo estimativas da Divisão de População
da ONU.
Uma das características que acompanha
esse processo de envelhecimento é o crescimento do superávit de mulheres na população idosa. Em 1950,
o número de homens idosos era de 1,18 milhão e o de mulheres era de 1,45 milhão
(havia um superávit de exatos 273 mil mulheres). Em 1980 a quantidade de homens
de 60 anos e mais passou para 3,64 milhões e a quantidade de mulheres chegou a
4 milhões. Nesse ano, o superávit feminino ainda era relativamente pequeno e a
razão de sexo era de 91 homens para cada 100 mulheres entre a população idosa.
A estimativa da ONU para 2040 aponta um número de 23,99 milhões de
homens e 30,19 milhões de mulheres, uma diferença de 6,2 milhões de mulheres em
relação à população idosa masculina. A razão de sexo deve cair para 79 homens
para cada 100 mulheres entre a população idosa. Ou seja, nos próximos anos vai
crescer o excedente de mulheres em cada grupo etário do topo da pirâmide. Este
processo é conhecido como “feminização do envelhecimento”.
As estimativas das projeções
populacionais do IBGE (revisão 2013) confirmam
o processo de feminização do envelhecimento. Para 2060, o IBGE estima um
contingente de 33 milhões de homens idosos e 40,6 milhões de mulheres idosas,
com superávit feminino de 7,6 milhões de mulheres.
Desse contingente majoritário, existe
uma alta proporção de mulheres idosas que moram sozinhas nos domicílios
particulares unipessoais ou moram em domicílios com outros parentes ou
agregados, mas sem a presença de um companheiro. Esse fato foi denominado no
passado de pirâmide da solidão. Mas como morar
sozinho não significa ser solitário, o denominado fenômeno da “pirâmide da
solidão” deve vir escrito entre aspas, indicando apenas a existência de um
crescente número de mulheres idosas sem cônjuges.
Até o ano 2000 as mulheres idosas
(aquelas nascidas antes de 1940) tinham nível educacional, em média, menor do
que o dos homens, refletindo a discriminação de gênero existente
na educação brasileira do passado. Porém, o novo contingente de mulheres com
mais de 60 anos tem revertido a desigualdade de gênero,
fazendo com que o nível de escolaridade do sexo feminino atualmente seja maior
do que o do sexo masculino também entre a população idosa. Ou seja, as mulheres
têm dado uma grande contribuição para elevar o nível educacional do conjunto
das pessoas do topo da pirâmide populacional.
Um dos desafios do processo de feminização do envelhecimento é possibilitar a
criação de um espaço de convivência com o objetivo de motivar a participação
das mulheres idosas no convívio social, evitando o isolamento e fortalecendo a
autoestima e a autonomia feminina. A sociedade
brasileira precisa saber aproveitar o potencial das recém-chegadas à terceira
idade e que possuem altos níveis educacionais e ricas experiências de trabalho
e de vida
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