Um gaúcho no Norte
Pedro Velleda
É estranho o jeito como os detentores dos veículos
de comunicação no Amapá tratam a comunicação humana, aquela que motiva a
relação interpessoal, através das relações públicas, da publicidade e
propaganda, uma questão que deve ser observada pela coletividade, entendendo-se
que a comunicação deve ser um intercâmbio de informação entre
sujeitos ou objetos, respeitando-se a ética e a solidariedade.
E os senhores questionariam..., que jeito é
esse de tratar a comunicação, que os proprietários das emissoras de televisão,
de rádio e jornais, utilizam?
E nós responderíamos, como profissionais da
área de imprensa..., que esses homens que detêm as concessões, por aqui, são
empresários em busca de recursos financeiros sem o interesse de trabalhar com
qualidade, credibilidade e respeito aos jornalistas e radialistas, que
trabalham num regime de escravidão, sob constante pressão, seguindo sempre
orientações ideológicas que atendam os interesses do ‘dono do veículo’.
Em fins do ano de 2007 conheci está Terra Tucuju,
me apaixonei pelo lugar, fiz grandes amigos, e tenho mantido, nestes quase 7
anos de extremo norte, uma conduta de trabalho, de seriedade com o jornalismo,
exercendo a lida jornalística com profissionalismo e dedicação. Tenho sido
verdadeiro no que faço, tanto que tenho conquistado a aprovação de um bom número
de telespectadores, de ouvintes, de amapaenses e outros brasileiros que por
aqui vivem, e acompanham o nosso trabalho.
Iniciava-se a década de 90, quando este gaudério
de calças largas, se enveredou pras bandas do Norte e viveu dias
inconfundíveis, emoções inexplicáveis e experiências incríveis.
Hoje, estamos
vivendo um dos momentos mais difíceis de nossa história. O povo está sendo
mantido na ignorância, e sustentado por um esquema que alimenta com migalhas a
miséria gerada por essa mesma ignorância. A tirania mudou sua face. Já não
encontramos os tiranos do passado que com sua brutalidade aniquilavam as
cabeças pensantes, cortando seus pescoços. Os tiranos de hoje saqueiam a Pátria
e degolam as cabeças de outra forma. A tirania se mostra pela corrupção que
impera em todos os níveis. Encontramos mais viva do que nunca as palavras do
Imperador Romano Vespasiano que na construção do Grande Coliseu disse: “DAI
PÃO E CIRCO PARA O POVO”. Esse grande circo acontece todos os dias
diante de nossos olhos, especialmente sob a influência da televisão, que dá ao
povo essa fartura de “pão” e de “circo”. Quando pensamos que a fartura acaba, surgem
mais opções, enquanto isso, os hospitais estão falidos, arruinados, caindo aos
pedaços. Brasileiros morrem nas filas e nos corredores desses hospitais; já
outros filhos da Pátria morrem pelas mãos de bandidos inescrupulosos que se
sentem impunes diante de um Estado inoperante, ineficiente e absolutamente
corrompido. Saúde não existe, educação não há, segurança muito menos. Porém, a
construção dos “circos” continua!
Imagine como seria se Deus desse ao um ser
humano comum seus poderes divinos: (Deus) ...“as pessoas querem que eu faça tudo por elas, mas não se dão conta
de que elas têm o poder... você quer um milagre, filho? Seja o milagre”.
As pessoas não percebem que elas têm o poder,
ou seja, você já nasce com ele. Basta saber usar. Nascemos com o livre
arbítrio, que é o poder de decidir, escolher, o que é melhor para nós, e essa
escolha tem a ver com o tempo.
Eu sei... eu sei... parece mais um clichê,
mas dizem que a mais lamentável de todas as perdas é a perda do tempo, e eu
concordo com isso. A vida é tão curta... e o tempo passa tão rápido, não é
mesmo?
Mário Quintana falou mais ou menos o
seguinte: Quando se vê, já são seis
horas... já é sexta-feira; quando se vê já é natal... já terminou o ano; quando
se vê, nossos filhos cresceram; quando se vê já passaram 30, 40, 50 anos.
E aí? Aí fica tarde... o sol se põe... nas costas ficaram o dia, o mês,
o ano, os filhos, a vida... qual o legado deixado? Não deu tempo.
Pode ser outro clichê, mas gosto muito da frase: “quem mata o tempo, não
é assassino, mas sim um suicida. Mata a si mesmo e aos sonhos de muitos que
estão ao seu lado, de muitos que virão”.
A maturidade nos ensina algumas coisas. A
primeira delas é construir todas as suas estradas no hoje, porque o futuro
vencedor dependerá dessa sua decisão. Muitos que estão aqui têm a liberdade de
usar o seu tempo da forma que lhes convêm. Por isso, são autodisciplinados... e
assim sendo, procuram fazer as escolhas certas, dentro dos limites, dentro da
regras... porque gerenciar a vida é uma questão de escolha.
Outro dia, ao chegar cedinho na Difusora,
descobri que o amigo Roberto Gato não só gosta como escreve poesia. Por isso,
encerro este artigo de forma poética e um tanto lúdica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário