sexta-feira, 2 de outubro de 2015

ARTIGO PEDRO VELLEDA





Um gaúcho no Norte


Pedro Velleda

É estranho o jeito como os detentores dos veículos de comunicação no Amapá tratam a comunicação humana, aquela que motiva a relação interpessoal, através das relações públicas, da publicidade e propaganda, uma questão que deve ser observada pela coletividade, entendendo-se que a comunicação deve ser um intercâmbio de informação entre sujeitos ou objetos, respeitando-se a ética e a solidariedade.
E os senhores questionariam..., que jeito é esse de tratar a comunicação, que os proprietários das emissoras de televisão, de rádio e jornais, utilizam?
E nós responderíamos, como profissionais da área de imprensa..., que esses homens que detêm as concessões, por aqui, são empresários em busca de recursos financeiros sem o interesse de trabalhar com qualidade, credibilidade e respeito aos jornalistas e radialistas, que trabalham num regime de escravidão, sob constante pressão, seguindo sempre orientações ideológicas que atendam os interesses do ‘dono do veículo’.
Em fins do ano de 2007 conheci está Terra Tucuju, me apaixonei pelo lugar, fiz grandes amigos, e tenho mantido, nestes quase 7 anos de extremo norte, uma conduta de trabalho, de seriedade com o jornalismo, exercendo a lida jornalística com profissionalismo e dedicação. Tenho sido verdadeiro no que faço, tanto que tenho conquistado a aprovação de um bom número de telespectadores, de ouvintes, de amapaenses e outros brasileiros que por aqui vivem, e acompanham o nosso trabalho.
Iniciava-se a década de 90, quando este gaudério de calças largas, se enveredou pras bandas do Norte e viveu dias inconfundíveis, emoções inexplicáveis e experiências incríveis.
Hoje, estamos vivendo um dos momentos mais difíceis de nossa história. O povo está sendo mantido na ignorância, e sustentado por um esquema que alimenta com migalhas a miséria gerada por essa mesma ignorância. A tirania mudou sua face. Já não encontramos os tiranos do passado que com sua brutalidade aniquilavam as cabeças pensantes, cortando seus pescoços. Os tiranos de hoje saqueiam a Pátria e degolam as cabeças de outra forma. A tirania se mostra pela corrupção que impera em todos os níveis. Encontramos mais viva do que nunca as palavras do Imperador Romano Vespasiano que na construção do Grande Coliseu disse: “DAI PÃO E CIRCO PARA O POVO”. Esse grande circo acontece todos os dias diante de nossos olhos, especialmente sob a influência da televisão, que dá ao povo essa fartura de “pão” e de “circo”. Quando pensamos que a fartura acaba, surgem mais opções, enquanto isso, os hospitais estão falidos, arruinados, caindo aos pedaços. Brasileiros morrem nas filas e nos corredores desses hospitais; já outros filhos da Pátria morrem pelas mãos de bandidos inescrupulosos que se sentem impunes diante de um Estado inoperante, ineficiente e absolutamente corrompido. Saúde não existe, educação não há, segurança muito menos. Porém, a construção dos “circos” continua!
Imagine como seria se Deus desse ao um ser humano comum seus poderes divinos: (Deus) ...“as pessoas querem que eu faça tudo por elas, mas não se dão conta de que elas têm o poder... você quer um milagre, filho? Seja o milagre”.
As pessoas não percebem que elas têm o poder, ou seja, você já nasce com ele. Basta saber usar. Nascemos com o livre arbítrio, que é o poder de decidir, escolher, o que é melhor para nós, e essa escolha tem a ver com o tempo.
Eu sei... eu sei... parece mais um clichê, mas dizem que a mais lamentável de todas as perdas é a perda do tempo, e eu concordo com isso. A vida é tão curta... e o tempo passa tão rápido, não é mesmo?
Mário Quintana falou mais ou menos o seguinte: Quando se vê, já são seis horas... já é sexta-feira; quando se vê já é natal... já terminou o ano; quando se vê, nossos filhos cresceram; quando se vê já passaram 30, 40, 50 anos.
E aí? Aí fica tarde... o sol se põe... nas costas ficaram o dia, o mês, o ano, os filhos, a vida... qual o legado deixado? Não deu tempo.
Pode ser outro clichê, mas gosto muito da frase: “quem mata o tempo, não é assassino, mas sim um suicida. Mata a si mesmo e aos sonhos de muitos que estão ao seu lado, de muitos que virão”.
A maturidade nos ensina algumas coisas. A primeira delas é construir todas as suas estradas no hoje, porque o futuro vencedor dependerá dessa sua decisão. Muitos que estão aqui têm a liberdade de usar o seu tempo da forma que lhes convêm. Por isso, são autodisciplinados... e assim sendo, procuram fazer as escolhas certas, dentro dos limites, dentro da regras... porque gerenciar a vida é uma questão de escolha.
Outro dia, ao chegar cedinho na Difusora, descobri que o amigo Roberto Gato não só gosta como escreve poesia. Por isso, encerro este artigo de forma poética e um tanto lúdica.
"E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras".

Boa semana!

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