quinta-feira, 3 de setembro de 2015

PIONEIRISMO



"É bom saber que a memória dele (Hélio) estará preservada em um local tão importante da nossa Universidade. A preocupação é que as novas gerações de jornalistas saibam, ou pelo menos tenham a curiosidade de saber, quem ele foi. Certamente estará feliz com a homenagem", Graça Pennafort (Irmã).



Jornalista Hélio Pennafort ( * 1938 T 2001)
  

 Esta semana trazemos para o acervo da editoria da editoria de pioneirismo do Tribuna Amapaense, uma das personagens históricas do Amapá, o jornalista Hélio Pennafort que atuou e influencia é referencia em diversos segmentos da sociedade local. Seja na Cultura, Jornalismo impresso e televisivo, radicalismo, contos e memorias, crônicas, historiador e fotógrafo. Enfim este ícone Tucuju deixou um acervo riquíssimo de Oiapoque ao Jari de suas andanças nos primórdios da história do Amapá.
Merecidamente o jornalista Hélio Pennafort teve seu nome denominando o estúdio de transmissão da Rádio Universitária 96,9 FM. De acordo com o diretor da rádio, Fernando Canto, o ato da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) é um singelo e justo tributo ao profissional de imprensa que sempre pautou seus trabalhos na consolidação da identidade amapaense.

Homenagem da Rádio Universitária a Hélio Pennafort

 Hélio Pennafort nasceu no município amapaense de Oiapoque, no dia 21 de janeiro de 1938, filho de Rocque de Souza Pennafort e Cesarlina Guarany Pennafort e faleceu em São Paulo, no dia 19 de fevereiro de 2001 em decorrência de problemas respiratórios.
A veia jornalística começou cedo, em 1958 já editava em sua terra natal o jornal Vaga-lume, totalmente confeccionado em máquina de escrever e papel manilha, numa tiragem de 20 exemplares. Dois anos depois começa a colaborar com jornais da capital e desde essa época nunca mais abandonou o jornalismo.
Quando veio para Macapá começou a trabalhar na Rádio Difusora e, logo depois, ingressou na Rádio Educadora, emissora pertencente à Prelazia. Foi intenso o seu trabalho naquela época, onde redigia e produzia vários programas, chegando a criar uma mininovela denominada ‘Um Pedaço de Vida’, que também dirigiu.
Hélio também colaborava com o jornal A Voz Católica, onde publicava semanalmente uma coluna com reportagens, principalmente realizadas no interior, onde sempre esteve presente no contato direto com o caboclo amapaense, que conhece tão bem e soube imortalizar através de suas obras e do imenso acervo fotográfico que possui.
Em 1973 estendeu suas atividades jornalísticas passando a publicar reportagens no jornal A Província do Pará. Além disso, teve trabalhos seus publicados no Jornal do Brasil e no Jornal da Tarde. Com o advento da televisão, Hélio Pennafort foi um dos primeiros repórteres da TV Amapá e também redigia o Jornal do Amapá, telejornal da emissora que até hoje continua no ar.

Trajetória no serviço público
Ao lado de suas atividades jornalísticas, Hélio também fez carreira no serviço público do ex-Território, onde ingressou em 1957, como radiotelegrafista em Vila Velha do Cassiporé, sendo posteriormente transferido para Oiapoque, onde permaneceu até 1964, época em que foi transferido para Macapá.
Nesse mesmo ano foi designado para exercer o cargo de prefeito do município de Calçoene, onde ficou até 1966. De 1973 em diante começou a trabalhar no Palácio do Setentrião onde exerceu os cargos de assessor de relações públicas, assessor para assuntos de turismo, assessor de imprensa, subchefe e chefe de gabinete do governador.
Participou da equipe do primeiro governo do Estado do Amapá como Diretor do Departamento de Comunicação Social.

Documentarista, escritor, fotógrafo...
Por vários anos foi membro do Conselho de Cultura, é membro da Associação Amapaense de Escritores- APES e da Academia Amapaense de Letras e recebeu vários títulos e homenagens, como o Diploma de Honra ao Mérito e o título de Cidadão de Macapá outorgados pela Câmara de Vereadores. O Comando Militar da Amazônia também lhe deu o título de Colaborador Emérito do Exército.

Obras publicadas


Microreportagem. Macapá, Imprensa Oficial: 1982; Um Pedaço Fotopoético do Amapá (l983); Entrevista ao Leitor (sd); Estórias do Amapá (1984); Os Heróis da Ribanceira (1986); Amapaisagens (1992); Barcellos – Síntese de dois Governos (1994).
Seus livros abordam aspectos socioculturais do povo amapaense, bem como procuram descrever as belezas naturais da região, além do registro bem-humorado dos “causos” e da vida do caboclo.

Desportista
Como esportista, jogou voleibol e formou na Seleção do Oiapoque que disputou e venceu o torneio de voleibol alusivo ao aniversário do Território, em 1963, em Macapá.
Entre os títulos e homenagens que recebeu, destacam-se o diploma de Honra ao Mérito e o título de Cidadão de Macapá, concedidos pela Edilidade.

Família

Casou-se em segunda núpcia com Irenilde Gibson Barbosa com quem teve quatro filhas: Hélida Cordeiro Pennafort, Helenilde Gibson Barbosa Pennafort e Hirene Gibson Barbosa Pennafort, além de Juliana Cordeiro Pennafort (do 1º casamento). Depois de aposentado do serviço público, Hélio continuou militando na imprensa amapaense. (Texto de Paulo Tarso Barros)

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