Diversão e Arte
Companhia de teatro de
Manaus realiza turnê nacional com apresentação em Macapá
A turnê teve início em agosto pela
capital Boa Vista (RR), onde a trupe se apresentou na Praça do Mirandinha.
Reinaldo Coelho
Da Editoria
A
Cia de Atores Escalafobéticos desenvolve desde 2008 um trabalho voltado para a
vertente da comédia e do humor dentro do campo teatral.
Criada
em 2006 na cidade de Manaus, a Cia de Atores Escalafobéticos desenvolve desde
2008 um trabalho voltado para a vertente da comédia e do humor dentro do campo
teatral, já tendo se apresentado para mais de 80 mil espectadores durante estes
anos, e se apresentado em mostras e festivais em Curitiba, Rio de Janeiro,
Fortaleza, além de Manaus e cidades do interior do Estado do Amazonas.
Turnê amazônica
Em
agosto, a Companhia iniciou uma turnê pelas capitais da Região Norte, projeto
aprovado no Ministério da Cultura/Funarte (Fundação Nacional das Artes), por
meio do Edital Funarte Artes na Rua / 2014. A turnê teve início pela capital
Boa Vista (RR), onde a trupe se apresentou no dia 16/08, na Praça do Mirandinha,
às 17 horas. A turnê se estenderá até o mês de outubro, quando a companhia
deverá ter passado também por Belém (PA), Macapá (AP), Rio Branco (AC), Porto
Velho (RO), fechando o ciclo com uma apresentação especial do espetáculo em
Manaus (AM).
A
Companhia chega a Macapá com o espetáculo “Maroca Pipoca – A Estourada do
Norte”. A trupe se apresentará na próxima segunda-feira (07), na Casa do
Artesão, às 17h. Para a turnê, os Escalafobéticos prepararam um espetáculo
inédito.
O espetáculo
Na
trama, Maroca Pipoca, interpretada pelo ator e humorista Wallace Abreu, é dona
de uma famosa fábrica de pipocas, que terá um fim trágico ao ser morta
envenenado. A morte da matriarca fará que seus herdeiros, Carlita (Eduardo
Gomes), Firmino (Omã Freire) e Sandorval (Branco Souza) iniciem uma verdadeira
guerra pela herança deixada por Maroca. Isso trará à tona vários segredos
ocultos e revelações desta família, com a promessa de boas gargalhadas ao
público.
“Este
trabalho marca o amadurecimento técnico e artístico dos Escalafobéticos, pois
será a primeira vez que encenaremos um espetáculo cômico que não seja formado
por esquetes (cenas curtas) ou embasado pelo improviso, mas certamente toda
nossa experiência anterior contribuiu bastante para este trabalho”, relatou
Eduardo Gomes.
“Embora
tenhamos uma experiência na comédia, este novo trabalho está sendo um grande
desafio para a Companhia, principalmente por ser nosso primeiro trabalho de
teatro de rua, um gênero com características muito próprias. Embora, por
diversas vezes, Tenhamos nos apresentado em praças e logradouros públicos,
precisamos nos debruçar sobre este gênero para oferecer um bom espetáculo ao
público”, salientou o ator Omã Freire.
O
intérprete de Maroca Pipoca, Wallace Abreu, também diretor do espetáculo,
destaca a importância deste momento para a Companhia. “Fazer teatro na Amazônia
é uma prática difícil, tanto pela falta de incentivos, quanto pela dificuldade
de acesso à região. Essa aprovação junto ao Ministério da Cultura/ Funarte nos
proporciona uma oportunidade única de poder levar nossa arte aos demais Estados
da região, possibilitando uma troca e ampliando nosso campo de atuação”,
ressaltou Abreu.
Oficinas
Além
das apresentações do espetáculo, o projeto prevê também a realização gratuita
de oficinas de formação para atores e não atores.
“As
oficinas funcionam como uma forma de retorno social à população das cidades por
onde passaremos, considerando que recebemos investimentos públicos para o
desenvolvimento deste projeto. Esta também é uma forma de deixar um pouco do
conhecimento teórico e prático que adquirimos durante estes anos de experiência
artística”, destacou Souza.
Para
Wallace Abreu, a realização da “oficina literária de criação dramatúrgica” será
o momento de repassar todo o conhecimento acumulado durante o desenvolvimento
de sua dissertação de mestrado dentro do PPGSCA (Programa de Pós-Graduação em
Sociedade e Cultura na Amazônia) da Ufam (Universidade Federal do Amazonas).
“Nos
últimos dois anos me mantive focado do desenvolvimento de um estudo sobre a
produção dramatúrgica de um autor amazonense. Esse processo me fez amadurecer
consideravelmente quanto ao entendimento da criação literária dramatúrgica,
embora este tenha sido um dos meus focos de interesse desde o início da minha
carreira artística. Certamente será uma importante troca com pessoas que também
têm interesse ou curiosidade por este campo artístico”, afirmou Abreu.
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