Pavimentação da BR 156:
previsão de conclusão, só ano de 2027.
O
tema da BR 156 é algo quase permanente quando se trata de vislumbrar as
perspectivas de integração com o Platô das Guianas? Quais os motivos para que a
pavimentação do trecho total seja tão complexa? Em um rápido exercício sobre
este assunto, vamos encontrar o seguinte: até o ano de 2002, a pavimentação
havia chegado a Tartarugalzinho. De lá para cá, são exatamente 13 anos,
visualizarmos o que foi pavimentado neste período vai alcançar a média de 165
km de acordo com os dados oficiais, e se dividirmos 165 por 13, vai encontrar a
média de 12,3 km pavimentados por ano, sem dúvida, que é preocupante, mesmo com
todas as adversidades do primeiro semestre chuvoso e outros contratempos, é
injustificável este resultado.
E
quais os problemas decorrentes deste processo? Sem nenhum levantamento
estatístico preliminar, é fato que este resultado está relacionado às questões
de gestão e planejamento dos recursos. Atualmente calcula-se em torno de 112 a
115 km para serem pavimentados, se continuar nesta média serão necessários mais
de 11 a 12 anos para, enfim, vermos a BR 156 concluída no trecho norte. Diante
de tamanho imbróglio, como é possível pensar em algum tipo de desenvolvimento?
Sem falarmos das dificuldades dos próprios municípios e cidades amapaenses que
enfrentam todo o tipo de adversidade, principalmente Oiapoque, principal
prejudicado, pois, a pavimentação já vai além da porta da cidade de Calçoene.
Recentemente
passou em uma emissora de canal aberto a reportagem sobre a estrada com maior
tempo de construção, a BR 156, em parte desta reportagem, dá conta que os
problemas são diversos, mas o maior deles é a incapacidade para gerir os recursos
e aplicar adequadamente a conclusão da rodovia. A reflexão que cabe: é
prioridade ou não pavimentar esta BR? É importante ou não a cooperação com o
Platô das Guianas? É importante ou não alcançar algum nível de desenvolvimento
do norte ao sul do Estado? É importante ou não o Amapá ser o único Estado da
federação a ter uma fronteira com parte do território da União Europeia?
Tais
reflexões nos levam afirmar que de acordo com os resultados em 13 anos, os
esforços desdobrados não são compatíveis com as prioridades que se diz em
discurso, o que é grave. Oiapoque sofre com todos os tipos de problemas
sociais, políticos, econômicos e ambientais. A pressão na fronteira com as
atividades clandestinas, além do endurecimento do governo francês/guianense
contribuiu para uma paisagem desanimadora.
Muitos
trabalhos acadêmicos foram produzidos nos últimos dez anos sobre o Estado do
Amapá, diversas questões foram elucidadas com a finalidade de contribuir para o
debate do desenvolvimento, todavia, quando miramos a prática, existe um abismo
em relação aos números obtidos pelos municípios. E o que fazer diante deste
triste cenário? Os números são racionais, diz muita coisa, a incapacidade não
pode ser somente de natureza técnica, já se vislumbrou até a possibilidade do
Exército brasileiro assumir esta responsabilidade, comprova que o Estado não
tem sido ágil para colocar em prática tão importante obra para o
desenvolvimento futuro do Amapá.
Precisamos
inverter a lógica em nosso Estado, são muitas obras em poucos anos que não
avançam: BR 156, Aeroporto e Ferrovia. As últimas noticiam é que a
representação parlamentar do Estado do Amapá esteve reunida com autoridades em
Brasília para discutir o assunto, não tem sido fácil explicar para os próprios
amapaenses, de quais os motivos que a construção desta estrada é a mais
demorada do Brasil. Segundo algumas reportagens locais e também nacional,
começou no ano de 1945, avança a passos de tartaruga em relação à conclusão no
eixo no norte, se continuar do jeito que está, a previsão de término no eixo
norte será no ano de 2017, o cálculo é simples, faltam de 112 a 115 km , a média de
pavimentação entre 2002 a
2015, é de cerca de 11 a
12 km .
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