quinta-feira, 3 de setembro de 2015

ARTIGO DO TOSTES


Pavimentação da BR 156: previsão de conclusão, só ano de 2027.



O tema da BR 156 é algo quase permanente quando se trata de vislumbrar as perspectivas de integração com o Platô das Guianas? Quais os motivos para que a pavimentação do trecho total seja tão complexa? Em um rápido exercício sobre este assunto, vamos encontrar o seguinte: até o ano de 2002, a pavimentação havia chegado a Tartarugalzinho. De lá para cá, são exatamente 13 anos, visualizarmos o que foi pavimentado neste período vai alcançar a média de 165 km de acordo com os dados oficiais, e se dividirmos 165 por 13, vai encontrar a média de 12,3 km pavimentados por ano, sem dúvida, que é preocupante, mesmo com todas as adversidades do primeiro semestre chuvoso e outros contratempos, é injustificável este resultado.
E quais os problemas decorrentes deste processo? Sem nenhum levantamento estatístico preliminar, é fato que este resultado está relacionado às questões de gestão e planejamento dos recursos. Atualmente calcula-se em torno de 112 a 115 km para serem pavimentados, se continuar nesta média serão necessários mais de 11 a 12 anos para, enfim, vermos a BR 156 concluída no trecho norte. Diante de tamanho imbróglio, como é possível pensar em algum tipo de desenvolvimento? Sem falarmos das dificuldades dos próprios municípios e cidades amapaenses que enfrentam todo o tipo de adversidade, principalmente Oiapoque, principal prejudicado, pois, a pavimentação já vai além da porta da cidade de Calçoene.
Recentemente passou em uma emissora de canal aberto a reportagem sobre a estrada com maior tempo de construção, a BR 156, em parte desta reportagem, dá conta que os problemas são diversos, mas o maior deles é a incapacidade para gerir os recursos e aplicar adequadamente a conclusão da rodovia. A reflexão que cabe: é prioridade ou não pavimentar esta BR? É importante ou não a cooperação com o Platô das Guianas? É importante ou não alcançar algum nível de desenvolvimento do norte ao sul do Estado? É importante ou não o Amapá ser o único Estado da federação a ter uma fronteira com parte do território da União Europeia?
Tais reflexões nos levam afirmar que de acordo com os resultados em 13 anos, os esforços desdobrados não são compatíveis com as prioridades que se diz em discurso, o que é grave. Oiapoque sofre com todos os tipos de problemas sociais, políticos, econômicos e ambientais. A pressão na fronteira com as atividades clandestinas, além do endurecimento do governo francês/guianense contribuiu para uma paisagem desanimadora.
Muitos trabalhos acadêmicos foram produzidos nos últimos dez anos sobre o Estado do Amapá, diversas questões foram elucidadas com a finalidade de contribuir para o debate do desenvolvimento, todavia, quando miramos a prática, existe um abismo em relação aos números obtidos pelos municípios. E o que fazer diante deste triste cenário? Os números são racionais, diz muita coisa, a incapacidade não pode ser somente de natureza técnica, já se vislumbrou até a possibilidade do Exército brasileiro assumir esta responsabilidade, comprova que o Estado não tem sido ágil para colocar em prática tão importante obra para o desenvolvimento futuro do Amapá.
Precisamos inverter a lógica em nosso Estado, são muitas obras em poucos anos que não avançam: BR 156, Aeroporto e Ferrovia. As últimas noticiam é que a representação parlamentar do Estado do Amapá esteve reunida com autoridades em Brasília para discutir o assunto, não tem sido fácil explicar para os próprios amapaenses, de quais os motivos que a construção desta estrada é a mais demorada do Brasil. Segundo algumas reportagens locais e também nacional, começou no ano de 1945, avança a passos de tartaruga em relação à conclusão no eixo no norte, se continuar do jeito que está, a previsão de término no eixo norte será no ano de 2017, o cálculo é simples, faltam de 112 a 115 km, a média de pavimentação entre 2002 a 2015, é de cerca de 11 a 12 km.


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