Difusora: 100%
A
rádio do povo na era das novas tecnologias
..."E o
meu coração navega nos rios, que a minha canção voa por aqui... eu sou essas
margens dos rios que me levam eu sou da Amazônia"...
Fernando
Santos
A composição "Sou da
Amazônia" é de Osmar Jr., interpretada pela cantora Dani Li. Os versos da
canção parecem casar perfeitamente com a missão da rádio pioneira do Amapá, a
Difusora 630 AM, que nos seus 69 anos de existência, como diz a letra, ecoa
pelos rios da região e por todo o Brasil e até mesmo do Mundo.
Mesmo com a tradição e o
compromisso de levar a informação para os cidadãos da capital e do interior,
nos últimos quatro anos a Difusora não recebeu os cuidados e o respeito que
merece. Com a irresponsabilidade da administração anterior, perdeu-se a
qualidade e a credibilidade.
Apesar do alarde feito de
que o parque transmissor, localizado no Bairro Beirol passou por uma
"reforma e inauguração" em 2012, pelo então governador Camilo
Capiberibe que prometeu melhoria na qualidade do sinal, o que se constata hoje
é a precariedade da estrutura e dos equipamentos. Foi nesta situação que a
rádio foi encontrada pela nova gestão da RDM, que iniciou em janeiro.
O jornalista Roberto Gato,
diretor-presidente da RDM priorizou em sua gestão, recuperar o parque
transmissor, colocando os radiais necessários para a expansão do sinal e a
caixa de sintonia, reativando as ondas tropicais; investir em profissionais
qualificados; e, por fim, produzir uma programação que reaproximasse a rádio do
povo. Roberto Gato sustenta que a grade de programação tem seu ponto forte no
jornalismo e em programas interativos.
Diretor presidente, Roberto
Gato e equipe técnica da RDN vistoriam obra do parque transmissor da emissora |
Problemas Técnicos
Apesar dos avanços, uma das
principais preocupações continua sendo com o sinal da rádio, que ainda
apresenta ruídos nos sinais de áudio e problemas de modulação. Uma vistoria
técnica no parque transmissor constatou que o trabalho feito na gestão passada
não seguiu os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e, que
os equipamentos foram instalados de forma errada, o que prejudicou a potência e
a sintonia. Prova disso foi a desativação da frequência de ondas tropicais, com
o furto de sua caixa de sintonia.
Desde janeiro, providências estão
sendo tomadas para reverter a situação. Mês passado chegaram novos equipamentos
que já estão sendo instalados no Parque Transmissor. A euipe técnica da
emissora está trabalhando para devolver a qualidade do sinal e garantir um
alcance maior das ondas da RDM.
Cumprindo Regras
Seguindo os padrões da ABNT,
a equipe está fazendo o aterramento dos radiais com o auxílio de uma
retroescavadeira. Radiais são fios de cobre que saem da base (pé) da torre de
ondas médias, que possui 120 metros de altura. Os fios se estendem em valetas
na horizontal por 120 metros de comprimento.
Ao todo, são 120 valetas com
120 fios de cobre, formando um circulo de 360º graus, ou seja, a torre fica no
centro do círculo. Também está sendo feito o aterramento da nova caixa de sintonia
da antena de ondas tropicais.
O que foi encontrado no
lugar dos radiais foram arames lisos, os mesmos usados para cercar terrenos,
sem contar que eles, sequer, foram aterrados. A expectativa é que com a
conclusão dos trabalhos, se consiga uma transmissão de qualidade, que chegue
aos rádios amapaenses e de outras localidades mais distantes.
Uma
trajetória honrada e de compromisso com o povo
A história da velha e boa
Difusora é hercúlea, pois foram grandes as provas que teve de vencer tal qual o
lendário bíblico e venceu, derrotando seus inimigos. Mesmo sem estar
oficialmente criado, o que aconteceu em 11 de fevereiro de 1946, ela começou a retransmitir
no dia 25 de fevereiro de 1945, como parte do serviço de imprensa oficial, pelo
chefe do executivo territorial, o então governador Janary Gentil Nunes, a época
com o nome oficial de Serviço de Alto-Falantes, de tecnologia simplória, mas
que impactava diretamente na vida da sociedade macapaense, tendo em vista sua
vital importância para a difusão de notícias do cenário nacional e
internacional; informativos do poder público; proclamas; entretenimento
musical; e, rádio novelesco.
Seria esse, o embrião do que
viria a se tornar a Rádio Difusora de Macapá. Com o passar dos anos a emissora
tornou-se o maior meio de comunicação do Estado do Amapá. Com seu sinal
irradiado nos seus transmissores de ondas médias (O.M) e ondas tropicais (O.T.)
romperam-se as fronteiras brasileiras, atingindo boa parte do Mundo e assim
cumprindo o papel que lhe é devido de levar as vozes da RDM aonde quer que o
povo esteja.
Uma das piores provas foi a
do acidente, quando teve todos seus equipamentos destruídos pela força de um
raio, que atingiu o edifício sede da emissora, e fez com que a mesma fosse
quase que desativada por completa, passando, após o fato, por uma intensa
revitalização, que fez com que todos os seus equipamentos, estúdios e estrutura
fossem modernizados.
Contra os incrédulos
A nova administração está
realizando os 12 trabalhos de Hércules, a primeira está sendo a luta contra o
leão que representam os torcedores contra os que urgem pela derrocada.
Destaque-se aqui, que sob o comando do diretor Roberto Gato, que pertence aos
quadros da emissora e já comandou seu departamento de Jornalismo, colocando-a
na era da informática, equipando-a desde o telex, computadores e acesso a
internet.
Hoje, retornando, e agora
comandando a RDM, a coloca de novo na era tecnológica, quando irá passar a
levar seu sinal a todo planeta e fora dele, através da internet, levando assim
a sua programação a rede mundial de computadores e também a todos os
dispositivos móveis, como smartphone’s e tablet’s, que se conectarão online
pelo seu aplicativo (app) que estará sendo disponibilizado em breve para
download, alcançando um número de ouvintes jamais antes visto.
Um dos principais objetivos,
deste novo momento que a RDM vive, é tentar atingir uma massa muito maior da
população amapaense, que antes tinha em mente a total defasagem de novas
tecnologias e principalmente visões para o futuro, as quais imaginavam estarem
fadadas a sempre ser “a velha boa” e não mais a “nova gostosa”, fazendo alusão
ao prazer que é sintonizarem seus rádios na frequência 630 AM e se deliciarem
com a nova programação da Rádio Difusora de Macapá. Soma-se a esse período a
liberação do sinal de Frequência Modulada (FM).
O que a Difusora vivencia
está consentâneo com o espírito do governador Waldez Góes que disse, durante
toda a sua trajetória de campanha, que se eleito fosse iria cuidar bem das
pessoas e das cidades. Cuidar bem das pessoas também é informar com qualidade e
responsabilidade e, isso, a Difusora está fazendo, alcançando a cada dia a
preferência do ouvinte. E, com certeza, chegará ao primeiro lugar na
preferência dos de seu público ouvinte.
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