sexta-feira, 3 de julho de 2015

ARTIGO



JOGO DE XADREZ

O prefeito municipal de Macapá escolheu o momento certo para apresentar ao governador o Estado do Amapá as suas principais necessidades, considerando o encerramento do período chuvoso e a chegada do período sem chuva, onde o trabalho a céu-aberto é possível e muito mais em conta.
Apresentou o prefeito, vários planos ao governador, mas deu destaque para as necessidades com relação à restauração, recuperação e construção de vias; o término da construção do Hospital Metropolitano e, noutra área, os custos do programa da parte da educação básica que está sendo executado de forma compartilhada.
São tantos os outros casos, mas esses dois simbolizam o clamor da população que está querendo ver serviço, não os serviços que atendam a pontos isolados da sociedade, ou que resolvam pontos específicos e de grupos de pessoa.
Não tem como negar o apoio.
No caso e na oportunidade, diferenças partidárias, políticas, ideológicas ou históricas não contam. O que conta é o momento que a população está vivendo, ainda mais quando, historicamente o serviço de asfaltamento das vias dos núcleos urbanos amapaenses é executado com verbas do orçamento do Governo do Estado e soba a orientação técnica dos agentes públicos pagos pelo tesouro do Estado.
O mesmo ponto de vista pode constituir a avaliação dos serviços para conclusão da obra do Hospital Metropolitano na zona norte da cidade de Macapá.
Um prédio que já deixou de ser o "hospital do câncer" para ser hospital metropolitano e que mesmo assim, apesar de ver o tamanho das necessidades financeiras crescerem para a conclusão das obras do prédio, não manteve a motivação inicial e se encontra parado, muito embora coma justificativa de estar pronto e aprovado o projeto remodelador faltando os recursos para que as obras sejam retomadas.
Não falou o prefeito de limpeza da cidade, de auxilio para realizar o Macapá Verão 2015, de recursos para tapa-buraco. Esses "projetos" municipais já saíram de moda e, mesmo assim, deixaram uma série de problemas que os gestores não estão dispostos a resolvê-los em curto prazo.
Então que se cuide do asfalto e da obra do hospital metropolitano.
Nenhum dos dois dirigentes falou na obra do Shopping Popular, até agora o maior engodo oferecido à população, tanto pela administração municipal, como pela administração estadual, em um "deixa-que-eu-chuto" de fazer inveja para qualquer descuidado ou preguiçoso social.
É claro que os planos apresentados pela Prefeitura de Macapá precisam estar em condições de receber emendas, definição de prioridades e utilização de materiais adequados.
Desta feita não vai dar para o prefeito sair medindo a espessura do asfalto, falando o que não sabe e afirmando o que não tem nenhuma certeza. Mas é preciso convencer tecnicamente o governador de que o tema não será utilizado como mote para a campanha eleitoral de 2016, afinal, os planos dos gestores do governo passam pela prefeitura de Macapá, exatamente onde está Clécio Luís.
A opção pela população precisa estar muito clara e o entendimento de que esse não é o momento para sair capitalizando voto para 2016. Se entender assim, é possível que haja clima para iniciar a conversação, mesmo que a conversa seja "dourada" por expressões democráticas ou demagógicas e afirmações que "o momento não é para isso".

E não é mesmo, o momento é de muito trabalho para aproveitar o período sem chuva, mas também agir sem enganação, falsidade e irresponsabilidade.

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