Barreira
sanitária
Defesa
Civil “isola” Oiapoque para evitar proliferação da chikungunya
Da Redação
Com a confirmação de 1.953 casos de chikungunya nos
últimos cinco meses no Amapá, a Defesa Civil vai intensificar os bloqueios na
saída do município de Oiapoque, onde foi registrada a maioria dos casos, e
fiscalizar com mais rigor os veículos e pessoas que seguirem viagem com destino
a outras cidades do Estado, principalmente em direção à capital, onde há a
maior concentração populacional. O objetivo é conter o índice de infecção e
controlar a infestação.
De acordo com o boletim da Vigilância em Saúde,
além do numero de casos confirmados, foram notificados 2.098 casos da doença,
142 descartados e 3 continuam sob suspeita em Oiapoque. Os dados são referentes
ao período de setembro de 2014 (quando foi registrado o primeiro caso no
estado) até 23 de fevereiro.
Segundo o secretário executivo da Defesa Civil,
tenente-coronel Janary Picanço, além dos bloqueios, outras medidas serão
tomadas, como a pulverização de veneno pela cidade e a utilização de
mosqueteiros com inseticida. “Temos uma equipe em Oiapoque que está
intensificando as barreiras, todos os carros que saem do município são
pulverizados com o veneno. Também estamos fazendo o bloqueio vetorial”, explicou.
O bloqueio vetorial funciona da seguinte forma: ao
sair do município a pessoa sob suspeita preenche uma ficha de identificação com
dados pessoais e endereço. Ao chegar em Macapá, a Coordenadoria de Vigilância
em Saúde (CVS) vai até o endereço dela para atualizar o Estado de saúde e fazer
o acompanhamento. Além disso, o veneno contra o mosquito é aplicado na quadra
onde fica a residência para bloquear a transmissão da doença. Apesar da
quantidade de casos em Oiapoque, em Macapá apenas um caso de infecção interna
foi confirmado.
Dengue em cemitérios de Macapá
Agentes de endemias da Prefeitura de Macapá realizaram durante o
feriado de carnaval um intenso trabalho de busca ativa e eliminação de
criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue e da febre
chikungunya, nos cemitérios Nossa Senhora da Conceição, São José e São
Francisco. No total, 95 agentes estiveram envolvidos na ação.
De acordo com o diretor da Vigilância Ambiental do município,
Josean Silva, trabalho visou evitar o acúmulo de água das chuvas sobre as
lápides, assim como em vasos e recipientes de plantas e flores. O resultado da
ação foi à identificação de dois mil pontos propícios a tornarem-se criadouros
dos mosquitos transmissores da dengue nos três
cemitérios de Macapá. De acordo com a Vigilância Ambiental, os possíveis focos
estavam concentrados em objetos decorativos deixados nos túmulos, como vasos,
pratos, baldes e embalagens plásticas, que acumulam água de forma rápida
durante o período chuvoso. O número de criadouros
foi considerado grande.
Com o alerta, a partir de
agora as fiscalizações nos locais serão feitas a cada 15 dias. A maior
quantidade de focos foi encontrada no cemitério São José, localizado no bairro
Buritizal, Zona Sul, onde é grande número de
visitantes que acabam se descuidando na hora de conservar a área onde o ente
querido foi sepultado
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