sábado, 18 de outubro de 2014

EDITORIAL



EDITORIAL

A morosidade, a verdade e a vontade do povo

A morosidade e a burocracia são dois males que emperram o andamento de muita coisa no Brasil. Esse termo “muita coisa” daria ao povo respostas para muita coisa que hoje simplesmente não caminham. Processos na Justiça de grandes cidades às vezes “caducam” sem qualquer satisfação, simplesmente por estacionar em pilhas que com o tempo ficam empoeiradas.
Pergunta que fica, será a força do poder? A edição de hoje traz essa situação, onde uma secretária de Estado tem um processo de condenação para devolver mais de R$ 3 milhões e até hoje nada aconteceu. O tempo de espera já chega há 13 anos e as investigações de irregularidades constatadas são inúmeras por uma auditagem feita na Secretaria de Indústria e Comércio – SEICOM -, na época em que Janete Góes Capiberibe era a secretária e tinha o marido João Capiberibe como governador.
Por todos os lados foram encontradas situações vexatórias e em todos os setores da secretaria investigada, quanto mais se aprofundava, mais problemas surgiam. Convênios, alugueis, diárias, enfim. Tudo duvidoso.
Mas seriam necessários 13 anos para que os resultados surgissem? As alegações ao TCE para tentar explicar o inexplicável foram feitas, mas não convenceram. O Tribunal de Contas logicamente manteve-se sério e disse que nada foi justificado por não haver documentos comprobatórios.
O compromisso com a informação leva o jornalismo à denúncia. E esse compromisso é o lema deste jornal. Sem informação o povo fica cego, surdo e mudo. Não queremos isso. Fatos relevantes têm que ser animados e é este o papel do jornalismo sério, proposta que sempre norteou este jornal muitas vezes atacado e vítima de uma tentativa de sabotagem moral que nunca se manteve. Nossos leitores sabem quem somos e como trabalhamos.
Somos pequenos, é verdade, mas com a força de quem nos lê, somos um gigante que incomoda muito. A manchete desta edição se iguala a tantas outras que destacamos com exclusividade, que aliás, é uma marca do jornalismo diferenciado. O “furo”, hoje tão difícil de se conseguir é reportado por nós com uma facilidade tremenda. A explicação para isso é a credibilidade. A manchete desta edição se iguala a muitas outras exclusivas e traz detalhes do que ninguém mais falou. Jornalismo, nada mais é que a verdade. Muito embora convivamos e sobrevivamos nesta época ruim, de repressão e tirania, conseguimos sobreviver e vamos fazemos o que nos propomos.
Nossas portas continuam e continuarão abertas para publicar verdades. Doam elas a quem doer. Este é nosso papel. Este é o papel do jornalismo de verdade. Não nos vendemos, não nos compraram pois não estamos à venda. Nossas manchetes são diferenciadas, fora do comum. Somos o jornalismo do povo aguardando com ele que a burocracia caminhe e a morosidade se acabe neste País.     

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...