Manoel Bispo - um pioneiro de múltiplas facetas
REINALDO COELHO
O pioneiro da semana é artista plástico, professor,
poeta e compositor, nacionalmente conhecido, Manoel Bispo, paraense, nascido na
cidade das mangueiras e capital paraense, Belém há exatos 69 anos. Abençoado
pelos sons das baterias das escolas de samba paraense, além de que começava o
fim da II Guerra Mundial e o Brasil naquele mês (21 de Fevereiro de 1945)
marcou sua presença na guerra, com a tomada do Monte Castelo.
Manoel Bispo Corrêa e assim que esta registrado
pelo pai Paulo Roberto Corrêa (Mestre Paulo) e Maria Bispo Corrêa. Ainda
criança a família se mudou para o Amapá.
Os primeiros estudos da Manoel Bispo aconteceram na
antiga Base Aérea do município do Amapá, que tinha sido montada para receber os
aviões norte-americanos que aqui abasteciam durante a segunda grande guerra
mundial.
Aos 9 anos de idade, em 1954 mudou-se para a
capital do então recém-criado Território Federal do Amapá, Macapá, onde estudou
em vários colégios (Alexandre Vaz Tavares, Azevedo Costa e Colégio Amapaense).
A arte no sangue
Começou a pintar e a escrever aos 16 anos de idade.
Estudou Belas Artes no Rio de Janeiro. De acordo com o escritor Paulo de Tarso
Barros - Manoel Bispo é um “artista de múltiplas facetas, consciente do
seu fazer poético, um criador que sabe manusear os vocábulos com maestria e
compor poemas marcantes, verdadeiras obras de arte, frutos de uma mente
talentosa. Temos o maior orgulho de conviver com um artista dessa magnitude, que
atingiu um nível literário admirável, igualando-se aos grandes nomes da
literatura universal. É uma dádiva ter ele escolhido a nossa terra para daqui
enviar seu canto belo e denso, cheio de sutilezas que engrandecem a poesia”.
Família e estudos
Manoel Bispo e a filha Ana Paula |
Em 1971 casa-se com Oneide Lima Correa e, no ano
seguinte, viaja para o Rio de Janeiro, formando-se em supervisão escolar
(pedagogia). Durante três anos, contemplado com uma bolsa de estudos, cursa
Belas Artes, no Rio. Retorna a Macapá em 1979, exercendo a função de supervisor
escolar em vários educandários. É membro da Academia Amapaense de Letras e da
Associação Amapaense de Escritores. Em 31 de agosto de 1989, com a
reorganização da Academia Amapaense de Letras, é escolhido como membro.
Trajetória pública
Exerceu, dentre outros cargos, o de presidente da
Fundação Estadual de Cultura-Fundecap, Conselheiro de Cultura durante muitos
anos, diretor da Escola de Arte Cândido Portinari e sempre foi um participante
ativo dos movimentos artísticos e culturais do Amapá, cuja trajetória é um
observador perspicaz, lúcido e com uma visão privilegiada.
Livros e poema
Manoel Bispo já publicou os seguintes livros de
poemas: Cristais das Horas (1978); Mental Real (1986); Canto dos meus Cantares
(1990); Intátil (2002) ); Amostra Grátis (2004), poemas,Tarso Editora, edição
artesanal) e Palavras de Festim (poemas, 2007) e participou das antologias
Coletânea Amapaense (1988); Coletânea de Poesias Poetas do Meio do Mundo
(2009); Coletânea de Contos - Contistas do Meio do Mundo (2010), sendo que
coordenou e organizou estas duas e está coordenando mais duas coletâneas: uma
de crônica e mais uma de poesias. Fonte: blog da Associação Amapaense de
Escritores - APES
Legenda
Palavras de festim. Poesia.
Macapá: 2007.
(Poemas compostos com recursos gráficos, visuais).
“Curtos, sintéticos, envolventes e eu nos conduzem,
texto a texto, por uma profusão de imagens, sensações e percepções que só a
magia vocabular de um grande poeta tem a capacidade de registrar.”
PAULO DE TARSO BARROS
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