Na última terça-feira (15),
no Anfiteatro da Universidade Federal do Amapá, ocorreu o lançamento do livro
“As lágrimas do Rio”, do Professor, Historiador e Pesquisador Francês Laurent
Vidal, que está pela quarta vez no Amapá.
O livro aborda, entre tantas
situações, a do sentimento de abandono que a cidade do Rio de Janeiro sentiu ao
deixar de ser a capital do país, transferindo os “poderes” para a mais nova
cidade do Brasil, a “queridinha” de Juscelino
Kubitschek: Brasília.
O autor diz que a ideia de
escrever este livro surgiu do “vazio” que ficou na sua tese de doutorado. Seu
trabalho acadêmico aborda o processo de mudança da capital do Brasil do Rio de
Janeiro para Brasília. Entretanto, Laurent queria saber o que havia ocorrido na
antiga capital e o que aconteceu no dia da transferência. Surgia, então, a
ânsia de pesquisar e escrever sobre essa parte da história brasileira.
Na mesma época em que fazia
a tese de doutorado e o livro, Laurent teve a oportunidade de escrever um pouco
sobre a história de Mazagão e, também, o abandono que a então vila sentiu
quando as famílias marroquinas foram transferidas para a localidade. Desse modo,
o autor incorporou algo do enredo deste livro chamado “Mazagão
- a cidade que atravessou o Atlântico” ao contexto do livro que enfatiza o Rio. Assim
explica o autor do livro: “A partir da pesquisa em Mazagão, eu trabalhei a
questão do sentimento de abandono que essa população sentiu. Então, eu tentei
incorporar algumas perguntas, que vem dessa pesquisa, na pesquisa sobre o Rio
de Janeiro, sobre como uma cidade pode se sentir abandonada.”
O livro “As lágrimas
do Rio” foi
lançado em Macapá na conferência realizada pelo Programa de
Mestrado em Desenvolvimento Regional e pelo curso de graduação em Ciências
Sociais, evento o qual foi baseado no livro sobre a
história de Mazagão. Escrito em dois anos, publicado na França em 2009 e, agora,
no Brasil, o livro está tendo aceitação muito boa, como diz o próprio pesquisador
na sessão de autógrafos: “No Rio,
sobretudo, todos estão redescobrindo uma parte da história, uma página
esquecida da nossa história”.
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