sexta-feira, 18 de maio de 2012

Literatura: Uma página esquecida da história

por Fabiana Figueiredo

Na última terça-feira (15), no Anfiteatro da Universidade Federal do Amapá, ocorreu o lançamento do livro “As lágrimas do Rio”, do Professor, Historiador e Pesquisador Francês Laurent Vidal, que está pela quarta vez no Amapá.

O livro aborda, entre tantas situações, a do sentimento de abandono que a cidade do Rio de Janeiro sentiu ao deixar de ser a capital do país, transferindo os “poderes” para a mais nova cidade do Brasil, a “queridinha” de Juscelino Kubitschek: Brasília.

O autor diz que a ideia de escrever este livro surgiu do “vazio” que ficou na sua tese de doutorado. Seu trabalho acadêmico aborda o processo de mudança da capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília. Entretanto, Laurent queria saber o que havia ocorrido na antiga capital e o que aconteceu no dia da transferência. Surgia, então, a ânsia de pesquisar e escrever sobre essa parte da história brasileira.

Na mesma época em que fazia a tese de doutorado e o livro, Laurent teve a oportunidade de escrever um pouco sobre a história de Mazagão e, também, o abandono que a então vila sentiu quando as famílias marroquinas foram transferidas para a localidade. Desse modo, o autor incorporou algo do enredo deste livro chamado “Mazagão - a cidade que atravessou o Atlântico” ao contexto do livro que enfatiza o Rio. Assim explica o autor do livro: “A partir da pesquisa em Mazagão, eu trabalhei a questão do sentimento de abandono que essa população sentiu. Então, eu tentei incorporar algumas perguntas, que vem dessa pesquisa, na pesquisa sobre o Rio de Janeiro, sobre como uma cidade pode se sentir abandonada.”

O livro “As lágrimas do Rio” foi lançado em Macapá na conferência realizada pelo Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional e pelo curso de graduação em Ciências Sociais, evento o qual foi baseado no livro sobre a história de Mazagão. Escrito em dois anos, publicado na França em 2009 e, agora, no Brasil, o livro está tendo aceitação muito boa, como diz o próprio pesquisador na sessão de autógrafos: “No Rio, sobretudo, todos estão redescobrindo uma parte da história, uma página esquecida da nossa história”.

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